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Nazarena venceu segunda edição do “Cosido à Mão”

Marlene Sousa

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A nazarena Cíntia de Sá, que venceu a segunda temporada do “Cosido à Mão”, sempre gostou da mistura de moda e arte, mas em casa a máquina de costura tinha como protagonista a mãe, na confeção dos trajes típicos da Nazaré, e a jovem só descobriu o seu verdadeiro talento depois de um curso de biquínis e fatos de banho. Acredita que o programa de talentos, onde já iniciou a concretização de um sonho, vai fazer uma viragem no rumo da sua vida, iniciando uma nova carreira no mundo da moda. A criadora de moda das Caldas, Susana Agostinho, que foi jurada do programa, considera que as caraterísticas que um concorrente tem que ter neste tipo de concursos são acima de tudo “muita disciplina, empenho e o fator de persistência daquilo que realmente os faz feliz”.

A nazarena Cíntia de Sá venceu a segunda edição do “Cosido à Mão”, após ter conquistado o júri do programa da RTP com um vestido de noiva.

A jovem, de 22 anos, disputou a final com o concorrente Mohammad, na Alfândega do Porto.

Na prova, que durou duas horas e meia, a nazarena apostou em flores em renda para finalizar a criação iniciada pela criadora caldense Susana Agostinho, inspirada em Frida Khalo.

Cíntia de Sá ganhou um curso de especialização em design de moda de 600 horas oferecido pela Escola de Moda de Lisboa, que incluirá uma viagem ao Première Vision Paris e ainda um estágio em Portugal ou no estrangeiro.

Cíntia nasceu e cresceu na Nazaré e concluiu o curso de Turismo na Escola Profissional da Nazaré. A costura foi sempre algo que esteve presente na sua vida, sendo que a sua mãe já “tinha uma máquina e trabalhava todos os anos no traje típico da Nazaré”.

Durante o último ano do curso de Turismo despertou-lhe o interesse de um novo desafio na área do corte e costura de biquínis e fatos de banho, e ingressou em 2016 na escola Maria Modista, em Leiria. A técnica abriu-lhe novos horizontes para quem gosta de “criar algo novo” e apercebeu-se do “talento”, apaixonando-se pelo “street style”, uma moda mais “espontânea” e natural.

Apaixonada pelo mundo da moda, inscreveu-se na segunda edição do “Cosido à Mão”, mas acabou por desistir quando soube que tinha que submeter um vídeo onde falava sobre “mim”. Achava que não tinha o perfil, mas quando surgiu a oportunidade de ocupar a última vaga através das redes sociais ganhou coragem e foi à “luta” pelo seu “sonho”, sublinhou. “Sempre procurei um lugar ao sol nesta área e achei que o desafio podia dar-me mais ferramentas para o conseguir”, adiantou.

Segundo a jovem, valeu muito a pena ter entrado no programa e “mostrar a todos aquilo que gosto de fazer”. Ter ganho o concurso para Cíntia “muito bom”, mas o mais importante foram os ensinamentos. “Aprendi muito e várias técnicas que desconhecia”, recordou, considerando que o seu exemplo pode servir para “inspirar outras pessoas a seguir os seus sonhos, mesmo que sozinhos”.

Recordou que quando se inscreveu para o “Cosido à Mão”, a sua minha mãe não a apoiou porque “receava mais a parte social, não queria que eu entrasse numa competição”.

“Depois de ter ganho entendi mais o lado dela, a exposição é sem dúvida muito boa, mas estamos sujeitos a muitos comentários depreciativos”, apontou a jovem.

As pessoas da Nazaré receberam Cíntia “de braços abertos” e “penso que o país também”. “Recebi milhares de mensagens, algumas delas diziam que as tinha inspirado a seguir os seus sonhos mesmo não tendo também o apoio dos pais”, salientou.

Viveu no programa uma “experiência espetacular”, onde fez várias amizades. Os outros dois finalistas foram “pessoas às quais eu devo muito, aprendi muito com eles e são muito humildes e trabalhadores”, disse.

Agradeceu à criadora de moda Susana Agostinho, “uma grande profissional, e foi a jurada com quem tive mais afinidade”. “Mariana Barbosa também teve sempre umas palavras amigas”, referiu.

O prémio que a inspirou mais foi sem dúvida “o curso de especialização em design de moda”, porque “é uma mais valia para a minha formação”.

“Adorava poder estagiar no atelier da Micaela Oliveira, porque admiro imenso o trabalho dela e é uma pessoa que me inspira”, comentou.

Os estilistas que mais a inspiram são Luís Carvalho em Portugal e Olivier Rousteing no estrangeiro.

A jovem vencedora do programa “Cosido à Mão” sempre sonhou alto e gostava muito de um dia poder integrar a Moda Lisboa, mas para isso tem a noção que precisa de “trabalhar muito” e “dedicar-me a cem por cento àquilo que realmente me apaixona”. “É isto que quero fazer e espero que o programa me abra portas, porque é uma área muito restrita e desafiante”, relatou.

Para seguir o seu sonho, Cíntia ainda não pensa deixar de viver na Nazaré, mas se for necessário “não hesitarei”.

“A moda é todo um mundo de engenharia de coisas a acontecer”

A caldense Susana Agostinho é criadora de moda há mais trinta anos. A paixão de desenhar vestidos de noiva sempre fez parte da sua vida.

Aceitou o desafio de ser jurada pela segunda vez no programa “Cosido à Mão” porque gosta de “acrescentar valor na vida das outras pessoas” e perceber que deixou “uma marca”.

Segundo a criadora de moda, os programas têm “níveis de audiência muito bons e conseguimos alcançar e atingir as pessoas e de alguma forma fazer a diferença na vida delas, acrescentando conhecimento e sabedoria”.

Com a segunda temporada do programa que chegou ao fim, a jurada considera que se provou que “em Portugal há imensas pessoas com talento e que infelizmente têm outras profissões no seu dia a dia”.

No seu entender, as caraterísticas que um concorrente tem que ter neste tipo de concursos são acima de tudo muita “disciplina, empenho e o fator de persistência de não desistir daquilo que realmente querem e os faz feliz”.

A criadora acha que Cíntia demostrou esse “empenho”. “A avaliação dos concorrentes é feita assumindo comportamentos e atitudes que vão tendo ao longo de todos os programas”, vincou.

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