Vamos começar com uma pequena apresentação de Hugo Piló.
RN-É natural de onde?
HP-Nasci no Sítio da Nazaré.
RN-Vive na Nazaré?
HP-Sim, nos últimos 5 anos vivi na Nazaré.
RN-É casado? Tem filhos?
HP-Casado e tenho 2 filhas, a Maria Nazaré e a Maria Clara.
RN-Quando é que a música entrou na sua vida?
HP-Sempre gostei de música, aos 15 anos comecei a cantar num banda, a ‘Inclita Geração’ e num grupo de cantores nazarenos, os ‘Amigos para Sempre, com o mestre Porfírio do Carmo Laborinho.
RN-Quais são os seus Grupos e cantores preferidos?
HP-Tudo o que me soa bem eu ouço, costumo dizer que toda a música tem o seu local e momento para ser bem apreciada. Ainda assim tenho bandas e cantores de referência, tais como os U2, Inxs, the Doors. Bono,Rui Veloso e Roberto Carlos, serão talvez os cantores que mais ouvi até hoje.
RN-E o melhor disco?
HP-Achtung Baby, dos U2.
RN-A música da sua vida é …?
HP-One, desse mesmo álbum.
RN-É um privilégio fazer música e poder viver, em parte, dela. Como ocupa o tempo livre. Há algum hobbie que o prenda?
HP-Não vivo da música, vivo com ela. As coisas mais divertidas que me aconteceram até hoje foram sempre com algo ligado à música, dar um concerto, ir a festivais, beber um café com amigos e falarmos sobre música. Trabalho no Café Oceano, negócio familiar, para além disso tento ir ao cinema, ao futebol e viajar.
RN-Qual foi a primeira música que cantou? E quando?
HP-Não tenho a certeza, talvez um daqueles temas infantis tipo ‘O Porquinho Foi À Horta’. em cima da mesa de jantar lá de casa, com o meu pai à viola e a família reunida.
RN-Lembra-se da primeira canção que escreveu?
HP-‘One World Vision’, penso que terá sido essa a primeira a ser musicada. Na altura dos primeiros originais, com os mesmos elementos dos ‘Inclita Geração’. Esse projecto tinha o nome ‘Sixfold’.
RN-Depois dos primeiros contactos com este universo, iniciou um trajeto com envolvimento em vários projetos musicais. Fale desses grupos e como foram essas experiências?
HP-O meu trajecto musical é eclético na medida em que sempre tive facilidade em cantar vários estilos musicais, uns melhor, outros pior. Depois de ter ido à Chuva de Estrelas, fiz parte dos ‘Santaclaus’, esse foi o periodo onde fiz mais concertos, dei a volta a Portugal e conheci algumas comunidades portuguesas no estrangeiro, e fui sempre conhecendo a malta gira do meio. Os Blister, banda de rock da qual era o vocalista foi até hoje o projecto em que investi mais do meu tempo, saber e entusiasmo. Sinto que podiamos ter feito ainda mais coisas. O tempo passa as canções ficam.
RN-Até a data quantos discos já gravou?
HP-3 álbuns, e várias participações.
RN-Pode descrever a sua discografia?
HP-Incompleta ( risos)
RN-Apesar dos vários estilos que tem interpretado, e das críticas positivas que tem recebido, ainda não conseguiu que uma das suas canções se tenha tornado um êxito. O que tem faltado para chegar lá?
HP-As críticas positivas fazem-me continuar, assim como sentir que há sempre uma música à espera de ser feita. Nunca se sabe bem ao certo o que faz de um tema um sucesso, às vezes o timing, às vezes o efeito surpresa, às vezes a própria época em que se vive, no sentido dessa ser essa, ou não, a altura em que a tua música está preparada para ser ouvida e ter sucesso. No final das contas prevalece o que nós ouvimos e nos toca cá dentro. Quando são muitos a sentir o mesmo pela mesma canção, a coisa acontece.
RN-É com a formação “Hugo Piló e as Máquinas Quentes”, que muitos conheceram melhor na Festa de Passagem de Ano, que acredita que o sucesso vai bater à porta?
HP-É fundamentalmente um assumir realista de que quero estar preparado para tocar ao vivo, com músicos e amigos que admiro. Estou a construir repertório, ainda estou na fase inicial da minha carreira em nome próprio. O concerto correu muito bem, foi um dia com um gostinho especial por ser na minha terra.
RN-Como define o estilo da sua nova banda?
HP- Estilo muito próprio e em constante aquecimento. risos
RN-Quais são os planos que pretende colocar em prática para divulgar este novo projeto?
HP-Estão no segredo dos deuses. Mas lá está, primeiro cantar boas canções.
RN- “Cliente Habitual” é o tema que apresenta Hugo Piló e as Máquinas Quentes. Estão previstas músicas novas para breve?
HP-Sim, estou a gravar temas novos. o ‘Nada Pessoal’ e o ‘Cliente Habitual foram o pontapé de saída e tiveram tipos de produção diferentes. Ambos contam com videoclipe e são os primeiros frutos.
RN-Têm como objetivo gravar um CD este ano?
HP- Vou ter temas novos, acarinhados ao máximo mas não tenho, neste momento, o objectivo de gravar um álbum.
RN-As redes sociais são importantes para dar a conhecer o trabalho dos artistas. É uma área em que também vão apostar?
HP-Tenho as coisas bem arrumadinhas na web, para que quem quiser saber mais sobre o meu trabalho musical, o conseguir de uma forma eficaz. Youtube, Facebook e Instagram são, sem dúvidas, máquinas bem quentes.
RN-Atuaram no final do ano na Nazaré, como decorreu o concerto?
HP-O concerto foi especial porque jogava em casa. O setlist foi mais direto, para as pessoas se divertirem. Misturei temas originais com versões de temas que todos conhecem. O clima era de festa e no final fiquei feliz com o resultado.
RN-Como está a vossa agenda em termos de concertos?
HP-Não tenho ainda nada marcado para breve, esta talvez pudesses retirar.
RN-Um desejo para este ano?
HP-Trabalhar com os melhores para atingir outro patamar no panorama musical português. Assumo que estou no activo e vou encontrar mais canções que tenham a ver comigo. Como diz o Gabriel o Pensador : ‘ com calma e com classe sem errar um passe, o que fez com que o seu passe também se valorizasse’.
Fica o convite para ouvirem as minhas músicas na internet, é só escrever Hugo Piló no youtube e está lá quase tudo.
Créditos das fotos Ricardo Neves.
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