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PCP anuncia viabilização do Orçamento do Estado em deslocação a Alcobaça

Paulo Alexandre

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, deslocou-se, no passado dia 27, a uma ação do partido que decorreu em Alcobaça e no discurso da noite reconheceu a existência de passos positivos na proposta de Orçamento do Estado para 2019, que o PCP vai viabilizar, mas exigirá a introdução de alterações na discussão na especialidade.

“Se há passos positivos nesta proposta de Orçamento [do Estado], também não se pode iludir um conjunto de medidas que o Governo se recusa a adotar pelas opções políticas e orçamentais que assume”, afirmou Jerónimo de Sousa, que quer “consideradas propostas” aquando da discussão na especialidade.

Num jantar comício na Martingança, o secretário-geral do PCP explicou que, entre as propostas, estão “novos avanços no plano do IRS”, como o “aumento do mínimo de existência e o alargamento do número de escalões” a par com o aumento da “taxação do grande capital, seja do património imobiliário de elevado valor, seja por via de novos passos da derrama estadual”.

O PCP vai defender, ainda, o “alargamento do abono de família, das prestações para a deficiência” e pelo “reforço dos regimes de proteção social de profissões de desgaste rápido, como os mineiros”.

“A redução dos custos da energia elétrica” vai ser, igualmente, outra das batalhas do PCP que pretende alcançar uma expressiva “redução da fatura energética das famílias e empresas”, referiu Jerónimo de Sousa.

É com o objetivo de “assegurar estes e outros novos passos que deem expressão e resposta a legítimas expectativas dos portugueses” que o PCP intervirá para que, “na especialidade, se introduzam ainda alterações que ultrapassem o caráter limitado de muitas opções da proposta de Orçamento”, afirmou o secretário-geral do PCP perante mais de 400 militantes.

A introdução de alterações à atual proposta de Orçamento do Estado é “um combate” que o PCP não desiste de travar durante a fase de discussão na especialidade” do documento, que foi também o mote para Jerónimo de Sousa criticar os partidos de direita.

Num dia, “o Orçamento era uma orgia eleitoralista, um bodo aos eleitores, no outro era o apoucar de cada medida anunciada” disse, acusando o PSD e CDS de “demagogia” e “despudor”.

No discurso, Jerónimo de Sousa lançou ainda críticas a Assunção Cristas (líder do CDS) que “não se cansa de repetir a lengalenga do ‘dá com uma mão e tira com outra’”, instando-a a lembrar-se de que “foi ministra de um governo que em cada um dos seus orçamentos não foi só com uma mão que tirou”, mas, sim, “com duas mãos e à pazada”.

“O que lhes dói [aos partidos de direita] e o que os faz destilar em ódio e cegueira anticomunista – como vamos vendo na campanha que movem contra o PCP é o facto de até hoje não terem conseguido interromper o caminho de devolução, reposição e conquista de direitos e rendimentos”, salientou, reivindicando para o PCP um papel decisivo nesta matéria.

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