Na apresentação oficial do DECIR, Carlos Guerra anunciou que haverá “flexibilidade de meios” para os diferentes quatro níveis, sendo que no período mais crítico – de 01 de julho a 30 de setembro – o dispositivo contará com 530 elementos, 114 equipas e 131 viaturas, o que representa um acréscimo face ao ano anterior, que contou com 501 elementos nesta fase.
O distrito de Leiria contará ainda com três meios aéreos estacionados em Pombal, Figueiró dos Vinhos e Porto de Mós, sendo que este centro de meios é a novidade para 2018.
“No que diz respeito aos bombeiros, temos um efetivo de mais cinco equipas de combate a incêndios florestais e também um aumento do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, porque vão reforçar mais um centro de meios aéreos, em Alcaria, [Porto de Mós]”, afirmou Carlos Guerra.
O comandante distrital referiu ainda que os elementos da PSP se irão manter, havendo um reforço dos sapadores florestais, “de mais cinco efetivos em relação ao ano passado” e que é “suportado financeiramente pelas câmaras municipais e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, cada um a 50% “.
Também este ano o território passará a contar com um sistema de videovigilância, constituído por 11 câmaras, que será monitorizado no Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria e na sala de situação do Comando da GNR.
“São 11 câmaras de videovigilância, que vão cobrir quase a totalidade do distrito, que será complementado pela rede de [17] postos de vigia também”, adiantou Carlos Guerra.
O dispositivo conta ainda com 16 equipas de intervenção permanente, constituídas por cinco elementos, em todos os concelhos do distrito de Leiria.
“Vamos constituir equipas nos três concelhos que não tínhamos – Caldas da Rainha, Castanheira de Pera e Nazaré -, que irão entrar em funcionamento no dia 01 de junho”, acrescentou.
O objetivo é “aumentar ainda mais para os outros corpos de bombeiros” no mesmo município, revelou o comandante.
Afirmando que 2017 serviu para “aprender com os erros”, Carlos Guerra informou que “foi na identificação dos pontos fracos” que foi possível “formular propostas de melhoria”, “com um objetivo claro e inequívoco, o aumento da eficiência da resposta operacional”.
O comandante considerou ainda que a “grande luta” que todos têm de travar “é reduzir e minimizar os comportamentos de risco”.
“Enquanto não conseguirmos introduzir na nossa população que só conseguimos ter uma verdadeira campanha contra os incêndios florestais baseada na redução dos comportamentos de risco humano não vamos ganhar esta batalha. A redução do seu comportamento de risco é o primeiro passo para o combate aos incêndios florestais”, sublinhou o responsável.
O comandante da GNR de Leiria, Jorge Caseiro, revelou que já foram levantados 100 autos de contraordenação, após o período de sensibilização realizado pelos militares.
Jorge Caseiro destacou ainda a importância de programas como o “Aldeias Seguras”, para que pessoas que vivem isoladas em determinadas aldeias possam ser identificadas em caso de necessidade de socorro ou de evacuação.
Por seu lado, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, José Almeida Lopes deixou o alerta para o investimento que “falta fazer” nos equipamentos de proteção individual dos bombeiros e na “ajuda para a aquisição de viaturas de combate a incêndios”, algumas destruídas nos fogos e outras bastante envelhecidas.
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