Estão em estudo “alterações aos horários da Linha do Oeste, com data prevista de implementação para o dia 10 de junho de 2018”, divulgou hoje a empresa à agência Lusa, precisando tratar-se de “alterações estruturais à atual oferta, que implicam a eliminação de algumas das ligações existentes e criação de novas ligações.
Em resposta à Lusa, a empresa remeteu a divulgação das alterações para “logo que estejam finalizados os novos horários” e justificou as alterações com a insuficiência do material circulante.
“As operações de manutenção e reparação do material circulante da CP são efetuadas pela EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A), cuja capacidade produtiva é, no momento atual, insuficiente para dar resposta às necessidades existentes”, explicou a porta-voz da empresa, acrescentando que esta “já solicitou à tutela governamental a necessária autorização para a contratação dos trabalhadores necessários para o reforço da capacidade de resposta”.
Segundo a empresa, “a frota de material diesel da CP, na qual se incluem as automotoras utilizadas nesta linha, apresenta uma idade média superior a 50 anos, o que obriga a operações de manutenção mais frequentes e tempos de imobilização mais prolongados”.
Daí que a CP necessite de “implementar alterações à oferta na Linha do Oeste, que permitam conjugar a existência de uma oferta que dê resposta à procura existente com a gestão do material circulante disponível para prestar este serviço”.
O esclarecimento surge na sequência da contestação da Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, considerando “inaceitável que a CP esteja a equacionar a supressão dos comboios inter-regionais entre Caldas da Rainha e Coimbra e vice-versa”.
A Comissão estimava que a supressão fosse implementada no dia 01 de junho e apelava aos autarcas e população que reforçassem a luta em defesa daquele troço ferroviário exigindo a pela sua requalificação e modernização
Em resposta à Lusa, a CP adiantou que está em preparação “o processo do concurso internacional de aquisição de material circulante”, o qual será” realizado ao abrigo da legislação em vigor, obedecendo a todos os requisitos e formalidades necessárias para este tipo de procedimentos”.
Já no que respeita à i infraestrutura ferroviária, nomeadamente investimentos para modernização da linha, são da responsabilidade da empresa gestora, a IP (Infraestruturas de Portugal).
A Agência Portuguesa do Ambiente teve em consulta pública, até 27 de março passado, o Estudo de Impacto Ambiental (AIA) ao projeto de modernização de 87,5 dos 200 quilómetros da via, entre as estações de Mira Sintra-Meleças (Sintra) e de Caldas da Rainha.
O projeto, orçado em 107 milhões de euros, engloba a eletrificação e duplicação da via, retificação de curvas, criação de variantes ao traçado atual, supressão de todas as passagens de nível e a sua substituição por passagens superiores ou inferiores à linha férrea e instalação de sinalização nas estações e apeadeiros, em 18 meses, na passagem pelos concelhos de Sintra, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Cadaval, Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha.
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