Caberá à Comissão Permanente do PS o poder de deliberação em matéria de processos de suspensão preventiva, após ouvir cada um dos militantes visados.
A proposta de suspensão preventiva de três centenas de militantes, vinda da direção do PS, teve apenas cinco votos contra, de elementos conotados com a tendência minoritária do dirigente alcobacense Daniel Adrião.
De acordo com Carlos César, a suspensão preventiva destes militantes “implica necessariamente a suspensão de direitos, até a uma decisão ulterior da Comissão Nacional de Jurisdição do PS”. “Estando suspensos, os militantes não poderão participar em atos eleitorais em posição ativa”, nomeadamente nas eleições nas comissões políticas concelhias, agendadas para 18 e 19 de Janeiro.
O socialista Daniel Adrião classificou como “nula” a decisão tomada, alegando “não está previsto nos estatutos que essas decisões possam ser delegadas na Comissão Permanente do partido”.
Daniel Adrião condenou a proposta de suspensão preventiva de militantes do ponto de vista político.
“O PS não ganha nada com estas purgas. As purgas não estão no código genético do PS, que tem uma cultura democrática, de liberdade, de tolerância, de respeito pelas diferenças, pelas divergências e no fim de reconciliação. O que foi feito violenta o património e o legado que nos foi deixado pelos nossos fundadores, designadamente por Mário Soares, que sempre quis que o PS fosse o partido da liberdade”, declarou.
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