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Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto reconduz Luísa Sardo

Marlene Sousa

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Luísa Sardo foi reconduzida no cargo de diretora do Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto (AESMP). O segundo mandato foi confirmado pelo Conselho Geral deste agrupamento. “É evidente que a enorme confiança dada pelo Conselho Geral me dá um ânimo acrescido para continuar”, disse a responsável ao JORNAL DAS CALDAS.

Na reunião do Conselho Geral ocorrida no dia 28 de setembro, na escola sede do AESMP, a atual diretora, Luísa Sardo, foi reconduzida para o mandato 2016/2020.

Os elementos do Conselho Geral do Agrupamento que a reelegeram reconheceram o mérito, a dedicação, e empenho que Luísa Sardo e sua equipa têm desenvolvido em prol da comunidade educativa.

“É evidente que a enorme confiança dada pelo Conselho Geral me dá um ânimo acrescido para continuar”, disse, a responsável ao JORNAL DAS CALDAS. “O exercício do cargo exige uma predisposição individual, mas só é possível realizar um trabalho de qualidade se os diferentes atores da comunidade educativa estiverem em consonância com a gestão do diretor”, sublinhou.

Luísa Sardo foi eleita pela primeira vez como diretora do AESMP em 2012. Foi vice-presidente desde 2005 e, posteriormente, como subdiretora.

Embora não tenha conseguido fazer tudo o que ambicionava, sobretudo “pelos enormes constrangimentos que são colocados às escolas”, considera que há um balanço positivo do trabalho desenvolvido e destaca a celebração do “Contrato de Autonomia”.

Projeto Educativo para o triénio 2016-2019

Foi também aprovado o Projeto Educativo para o triénio 2016-2019. Segundo a diretora, é um “documento de continuidade, compartilhado pelos diferentes setores da comunidade educativa e elaborado a partir de um balanço exaustivo, em que foram analisados os aspetos negativos e feitas diferentes propostas de melhoria”. “As linhas orientadoras definem claramente o que a comunidade educativa pretende deste Agrupamento”, adiantou Luísa Sardo.

De acordo com a diretora, o Projeto Educativo tem como visão um agrupamento de Escolas em que “a comunidade vivencie um sentimento de pertença e que seja reconhecido pela prestação de uma educação de qualidade, integradora e multidisciplinar capaz de contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes, empreendedores e promotores do humanismo e da liberdade”.

O objetivo é ter um Agrupamento que promova, por um lado, “a aquisição de conhecimentos e competências e, por outro lado, a construção de cidadanias ativas, operacionalizando estratégias e dinâmicas pedagógicas que efetivem o sucesso educativo, contribuindo para a formação integral dos alunos/formandos e para a edificação de uma sociedade mais justa e mais democrática”.

Compromisso, responsabilidade, ética, equidade, cooperação, qualidade e inovação, são os valores do projeto educativo.

Segundo a diretora, o documento aprovado é dinâmico, no entanto “sempre que são feitas avaliações intermédias, podem surgir definições de novos rumos e para isso, se o Conselho Geral o aprovar, poderão surgir adendas. Isso aconteceu no último Projeto Educativo”.

O AESMP foi criado no ano letivo de 2003/2004. É formado por sete unidades orgânicas: Um Jardim de Infância (um grupo), cinco escolas do 1º ciclo (15 turmas) e uma escola básica e secundária (24 turmas), num total de 40 turmas. Neste novo ano letivo existem 765 alunos, 88 professores e 36 funcionários (assistentes operacionais e técnicos e técnicas superiores).

Luísa Sardo recorda que a fase inicial da grande maioria dos Agrupamentos foi imposta administrativamente e “não acolheu muita simpatia por parte dos professores”. “Apesar das diferenças entre as realidades de cada escola, aos poucos foram criadas sinergias e descobertas novas formas que fizeram com que esta junção de escolas fizesse sentido”, explicou a diretora.

Para esta responsável, depois de um “esforço hercúleo dos professores” considera que “há claras vantagens do AESMP ao nível da “articulação pedagógica entre os diferentes ciclos e na partilha de atividades e projetos”. O maior problema, e que é “incontornável, é a distância a que se encontram algumas unidades orgânicas, o que dificulta uma maior proximidade”.

O início do ano letivo 2016/2017 foi, segundo Luísa Sardo, claramente o melhor dos últimos anos. “A 1 de setembro todos os professores estavam colocados e só foi necessário recorrer a novas contratações, por dois professores estarem doentes e um outro ter feito denúncia do contrato”, referiu.

Caminhada Solidária a favor dos Bombeiros

A Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto, sede do agrupamento, está a comemorar 30 anos.

Segundo Luísa Sardo, uma escola do 2º ciclo funcionou junto ao miradouro da zona histórica, no edifício onde agora está instalada a Junta de Freguesia de S. Martinho do Porto, o Colégio José Bento da Silva.

Em outubro de 1976 foi inaugurada a nova escola, que é agora sede do Agrupamento, numa tipologia C+S. “São os 30 anos dessa inauguração que agora estamos agora a comemorar”, revelou a diretora, acrescentando que “a escola já sofreu obras de requalificação que melhoraram significativamente os problemas nas infraestruturas, favorecendo uma melhor prestação do serviço educativo”.

Para comemorar a efeméride, o AESMP vai promover uma caminhada solidária a favor dos Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto. A iniciativa vai decorrer no dia 5 de novembro, num percurso de 5,5 km. Vai ter como padrinhos Ana Mafalda Ferreira (atleta que foi aluna desta escola) e João Pereira (triatleta que obteve o 5º lugar nos Jogos Olímpicos 2016, que é filho de uma professora do Agrupamento).

“O objetivo é, para além de promover hábitos de vida saudável, obter uma verba que vai ser entregue na totalidade aos Bombeiros de S. Martinho”, disse a diretora.

Para a Caminhada Solidária são convidados todos os alunos e famílias, professores, funcionários e está aberta a “toda a população que queira participar”.

Esta experiência vai, segundo, Luísa Sardo, de encontro aos “valores do Agrupamento”, “pois se queremos promover a formação de cidadãos capazes de edificar uma sociedade mais justa e democrática, temos que vivenciar formas de solidariedade e de intervenção cívica”.

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