O objetivo central da iniciativa consistia na valorização integral da pequena pesca. Procurando debater pontos de vista e recolher contributos, dos mais diversos intervenientes, para que se acertem estratégias que promovam a pequena pesca como pilar de sustentabilidade, eixo cultural e sustentáculo de comunidades que se pretendem coesas e com capacidades múltiplas de desenvolvimento.
Destacou-se, o peso da pequena pesca no contexto nacional e no espaço da U.E., dando voz a estruturas que procuram acentuar a visibilidade do potencial da pequena pesca e, simultaneamente, perseguem a resolução dos problemas que a afetam.
Matérias como a valorização dos produtos da pesca, projetos inovadores dentro desta área, a cogestão, o papel dos pescadores na defesa e conservação do meio marinho, a relação entre a comunidade cientifica e os profissionais da pesca, o desenvolvimento local de base comunitária, a entrada em ação dos novos GAL-Pesca e quais as oportunidades que podem conferir às comunidades, a desburocratização dos processos em tudo o que envolve o sector piscatório e, naturalmente, a segurança no mar.
Este último tema e a sua dinamização esteve a cargo da Mútua dos Pescadores. No Painel estiveram representantes da Direção Geral da Autoridade Marítima, da Autoridade para as Condições de Trabalho, da Associação de Armadores da Pesca Local do Centro Sul- Sesimbra e da Mútua dos Pescadores. Cada interveniente teve a oportunidade de explanar aquilo que as suas organizações têm feito em prol da criação de uma verdadeira cultura de segurança no mar, particularmente, na pesca. Setor onde, ainda hoje, temos os mais elevados índices de sinistralidade do mundo do trabalho. Logo a intensificação de campanhas de sensibilização, ações de formação e outros tipos de abordagens ao tema, terão que, forçosamente ter a constância que as necessidades determinam.
Estiveram presentes nos dois dias da iniciativa, pescadores, investigadores, cientistas, autarcas, representantes do governo nacional e das mais variadas organizações com intervenção no setor. José Apolinário- Secretário de Estado das Pesca – também marcou a sua presença, prometendo especial atenção à pequena pesca e ao que esta significa no território nacional.
A organização espera que os resultados obtidos nestes dois dias de reflexão conjunta, possam ter impacto a breve trecho nas vidas de milhares de pessoas que dependem diretamente do mar e da pesca para sobreviver. Alertando no entanto, para os níveis de risco elevado e para as imensas dificuldades que as comunidades piscatórias atravessam no contexto atual, não só em Portugal, mas por toda a U.E.
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