Joaquim Pequicho, presidente da comissão política do PSD Nazaré, afirma-se preocupado com as finanças do município e com a ausência de um plano de redução da dívida que tenha um compromisso alargado a todas as forças políticas, como já propôs.

“A dívida da autarquia terá que ser uma preocupação da classe politica como de toda a comunidade para que a mesma seja resolvida considerando o enorme impacto que tem na vida das pessoas e das organizações do concelho da Nazaré”, disse Joaquim Pequicho, acrescentando que “existem insuficiências no concelho que o município não consegue resolver devido à dívida existente”.

De acordo com o líder da concelhia social-democrata, a dívida do Município é de cerca de 36 milhões de euros, valor que considera “excessivo para a receita do município, e que acaba por ter consequências no investimento da autarquia , impedindo, ao mesmo tempo, a prestação do apoio necessário às organizações do concelho que atravessam dificuldades”.

Joaquim Pequicho refere que “existe um grande esforço por parte dos cidadãos nas taxas e impostos do concelho, particularmente no IMI, por isso, reforço a minha preocupação sobre a dívida e defendo um compromisso alargado aos partidos para resolver este assunto, e assim, baixar os impostos o mais rapidamente possível.”.

Reconhecendo que o problema vem do tempo da gestão do PSD, e que o partido assume as suas responsabilidades, o Joaquim Pequicho sublinha que quando tomou posse, após a derrota do PSD nas eleições autárquicas, “quando o povo nazareno manifestou nas urnas a sua vontade, dei a cara pelo passado do partido, apesar de não ter feito parte desse executivo”.

A postura que assume enquanto líder de oposição é de colaboração com o executivo PS, e recusa “fazer oposição por oposição, e que tem garantido as condições necessárias para que a redução da divida possa ser uma realidade”.

“ A viabilização do FAM através do apoio transitório de urgência, são a melhor afirmação da postura de colaboração, sempre, com o sentido de responsabilidade pelos 20 anos que o PSD esteve à frente da autarquia ”, afirma, vincando que “o passado do PSD não pode impedir que tenha uma posição critica em relação ao atual executivo, pois quem está hoje a ser avaliado pela população é o PS.”.

Sobre a gestão de Jorge Barroso na Câmara da Nazaré, Joaquim Pequicho sublinha as diferenças, para dizer que o antigo presidente tinha uma forma de pensar e executar não comparável à sua.

Quanto ao futuro, com as eleições autárquicas de 2017 no horizonte, Joaquim Pequicho refere que “estão reunidas as condições para que o PSD apresente um projeto político eficiente, responsável, credível, com qualidade, que volte a ter o apoio da população do concelho, no seu conjunto, o reflexo da minha forma de pensar a política para o concelho, porque estamos a falar do futuro e não do passado”.

“No passado, o PSD fez coisas boas. Não podemos ser injustos. Mas agora o que conta é o futuro da Nazaré, e o PSD terá uma palavra muito séria no futuro do concelho, e como se viu agora o candidato Marcelo Rebelo de Sousa, que o PSD apoiou, teve uma vitória expressiva no concelho da Nazaré”.

Sobre a possibilidade de ser o candidato do PSD às próximas autárquicas, Joaquim Pequicho refere que qualquer cidadão tem o dever cívico de estar disponível para contribuir para o desenvolvimento do seu concelho.

“Acho que temos um dever de cidadania e um compromisso com o nosso concelho”, afirma o social-democrata.