A cooperativa de ensino garante a manutenção dos postos de trabalho, que transitam para os quadros da Cercina, e a continuidade da colaboração pelos voluntários.
“Não é por a rádio mudar de proprietário que as pessoas vão deixar de estar comprometidas com a estação”, assegura Joaquim Pequicho, presidente da CERCINA, adiantando que “as portas estarão abertas a todos quantos queiram colaborar com o projeto”
Sobre o futuro das emissões, Joaquim Pequicho refere que, “não gostando de fazer igual aos outros”, há aspetos prioritários, como “a sustentabilidade financeira do projeto rádio, associado à qualidade”, que vão obrigar a um conjunto de mudanças, que tornem o produto comercializável.
“A rádio é um canal de comunicação importante para o concelho e tem que ter qualidade na forma como presta a informação e faz a animação dos horários”, refere.
Para o dirigente “um dos pontos que considero fator chave no que deve ser a rádio no seu posicionamento no mercado, algo que se perdeu nos últimos tempos por fatores vários, é a proximidade à comunidade (social, religiosa, económica e turística, etc). Será a nossa aposta. Será fator distintivo desta estação nos próximos tempos, com o qual esperamos o devido retorno do ponto de vista do aumento dos contratos comerciais e de patrocínio”.
“A rádio tem que se posicionar como um canal de comunicação, de proximidade e criadora de coesão e identidade cultural do concelho da Nazaré”, sublinha Joaquim Pequicho, reforçando as linhas de futuro da estação radiofónica: “a aposta na sustentabilidade, porque a CERCINA não pode perder dinheiro com a rádio; na qualidade – tudo será feito com enorme qualidade -; e proximidade, porque não podemos estar longe das pessoas. As pessoas procuram a rádio para ouvir o que se passa no concelho, procuram pela voz de pessoas que conhecem”.
Ainda a lutar contra um passivo que ascende aos 150 mil euros, a Rádio Nazaré passará a ser gerida pela CERCINA que aceitou o desafio proposto de evitar o encerramento da única estação radiofónica da Nazaré e contribuir para o reequilíbrio financeiro da Associação da Meia Maratona Internacional, responsável pela realização da mítica Meia Maratona Internacional há 41 anos.
A venda do alvará a uma instituição sem fins lucrativos permite a continuação das emissões e a liquidação do passivo da Associação da Meia Maratona Internacional da Nazaré bem como a resolução do contencioso em tribunal.
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