Fernando Costa, ex-presidente da Câmara de Caldas da Rainha e atual vereador em Loures, adiantou que não se demite da Distrital e garantiu que vai participar na campanha eleitoral.
“Farei campanha porque entendo que a coligação Portugal à Frente [PSD/CDS-PP] é muito melhor que qualquer outro Governo que saísse do ato eleitoral e estou plenamente convencido de que este Governo deve continuar, esta coligação deve continuar, para bem de Portugal e dos portugueses, porque a alternativa socialista seria muito pior”, afirmou.
O antigo autarca adiantou que Rui Rocha, atual presidente da Câmara de Ansião e um dos vice-presidentes da Distrital, é o novo diretor de campanha em Leiria.
“Ele já era o meu número dois na atividade da campanha, portanto é uma sucessão natural”, referiu ainda.
No final da reunião do Conselho Nacional do PSD que aprovou as listas de deputados, num hotel de Lisboa, Fernando Costa queixou-se, com “mágoa”, de ser o único presidente de uma distrital do partido fora das listas de deputados.
“Há uma mágoa. Eu disse ao presidente do partido que estava magoado, porque, de facto, sou o único presidente de distrital que não vou nas listas. E a razão essencial, tanto quanto sei, é por ser um autarca defensor das populações”, afirmou o atual vereador responsável pelo Gabinete de Consultadoria Jurídica da Câmara Municipal de Loures, cujo executivo é de coligação entre a CDU e o PSD.
Na ocasião, Fernando Costa considerou que os eleitores do círculo de Leiria vão ficar “de boca aberta” com essa decisão, mas elogiou os nomes escolhidos para candidatos e desresponsabilizou o líder do partido.
Segundo o ex-presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, que exerceu essas funções por quase 30 anos, Passos Coelho mostrou-se “um pouco consternado com esta situação”.
“Naturalmente que não é agradável para ele nem para mim, mas o presidente do partido não tem qualquer responsabilidade – ou não tem a maior responsabilidade, porque, sendo presidente do partido, também podia, e ele sabe quanto eu gostava que ele pudesse dar uma ajuda a resolver este problema. Não pôde”, explicou.
Fernando Costa adiantou que o que mais o magoou no facto de o seu nome não constar na lista de deputados foi o “ataque pessoal” do ministro do Ambiente antes e no Conselho Nacional.
“O sr. ministro deve uma explicação às críticas que me fez ao meu comportamento na Valorsul e por eu ser contra a privatização da EGF [Empresa Geral de Fomento]”, referiu, acrescentando que continua à espera de um pedido de desculpas do governante.
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