Como toda a gente desta terra bem sabe, o PS foi nos últimos 38 anos sempre representado no órgão executivo municipal. Desses anos, muitos foram da exclusiva responsabilidade de maiorias socialistas, tal como muitos outros foram do PPD/PSD. Da CDU, ainda não consta na história desta terra nenhum executivo municipal quer seja de maioria ou minoria. Daqui podem tirar-se várias ilações quanto ao apoio da CDU aos executivos como é referido no comunicado do PS.
“Não compreendemos como pode alguém de boa-fé afirmar que a CDU votou o que quer que fosse em união com qualquer outra força política na última Assembleia Municipal (AM)”, classificando de “falsas” as afirmações do PS.
A CDU refere que “foram militantes e elementos eleitos nas listas do PS, tanto no executivo municipal como nas Assembleias Municipais, que votaram bastantes vezes ao lado das propostas apresentadas pelo PPD/PSD”, acrescentando, sobre as suas tomadas de posição política, ao longo dos vários mandatos na Assembleia Municipal, que tem sido “coerente e séria”.
A coligação fala, ainda, de alguns atos de gestão da atual maioria, referindo-se ao PAEL “aceite e assinado pelo PS” e ao “número de pessoas que já foram dispensadas, com a desculpa da falta de verbas, mais do que suficientes para pagar a agência de empregos socialista”, afirmando que não pode concordar com estes processos, “que já antes foram utilizados, e que servem para manter clientelas políticas e eleições sucessivas dos mesmos de sempre”.
No seu comunicado, a CDU fala das lutas políticas que tem encetado e que, do seu ponto de vista, reforçam a coerência política da coligação, como a oposição ao PAEL, o FAM, os aumentos dos preços a pagar pelas taxas máximas no IMI, na Derrama, aumentos dos preços a pagar pelos serviços municipais em água, saneamento, resíduos sólidos, transportes e em outras taxas municipais, recordando que “votou pela abstenção as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2014 apresentado pelo PS, dando assim o benefício da dúvida às políticas ali apresentadas e prometidas em campanha, coisa que não tínhamos feito durante todo o mandato passado, ao contrário dos eleitos do PS que apoiavam o PPD/PSD”.
A coligação termina o comunicado afirmando que “acabou o estado de graça que o PS tem tido”.
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