O governante, que participou na iniciativa Made in Pescas, informou que “a obra será interrompida no inverno e retomada no próximo ano, seguindo-se a reparação do molhe sul”.

Manuel Pinto de Abreu, responsável pelo estudo de assinalamento marítimo para a prática de navegação do Porto de Pesca da Nazaré, garantiu que, conhecendo bem as condições de segurança da infraestrutura, “em nenhum momento houve risco para a prática da barra pelo farolim ter sido retirado”.

O Secretário de Estado, que apelou a uma visão mais otimista sobre o setor para que ele também se torne mais apelativo para os jovens, recordou que nem tudo vai mal nas pescas em Portugal, apontando como exemplos o setor da transformação e das conservas, em que “Portugal é reconhecido mundialmente pela qualidade” que imprime nesta área de atividade económica.

“Temos que valorizar o que temos feito de bom. Temos que ter orgulho no que fazemos bem”, disse o Secretário de Estado que também admitiu, no início da sua intervenção, que desde a inauguração do Porto da Nazaré, em 1983, “pouco mais foi melhorado”, enaltecendo, em seguida, o trabalho do seu atual responsável, José Apolinário, que tem efetuado, nos últimos meses, “intervenções essenciais para o bom funcionamento de todos os portos nacionais”.

O governante assegurou, ainda, que todos os portos nacionais “terão muitas mais intervenções” dentro dos próximos meses.

Sobre a estratégia do Ministério para o setor, considerado “estratégico”, o Secretário de Estado afirmou que é política da tutela “olhar para aquilo que temos que fazer e fazer aquilo que é uma necessidade e que vai ser sustentável no futuro, que trará mais-valias à fileira da pesca”.

A requalificação bem como atração de investidores para o Porto de Pesca da Nazaré foram classificadas pela atual gestão da Câmara (PS) como prioritárias.

O Presidente da Câmara, Walter Chicharro, que desde o início do mandato já reuniu com diversas entidades sobre a pesca e o Porto, considera que este equipamento é o de maior relevância do concelho, e como tal “deve ver a sua importância reforçada na componente de apoio à atividade piscatória, assim como, potenciar o acolhimento de infraestruturas que possam potenciar a instalação de outras atividades económicas”.

A reparação do cais e áreas de passagem de tripulantes de embarcações e a organização do espaço físico terrestre do Porto da Nazaré, para que se possam gerar possibilidades de implementação empresarial, tanto de cariz marítimo (junto à área de armazéns) como de cariz turístico (junto à envolvente da atual Marina de Recreio), têm sido as obras sugeridas pela Câmara da Nazaré à tutela do Porto.

Já José Apolinário voltou, no passado sábado, a frisar que serão feitos investimentos de cerca de 400 mil euros na lota da Nazaré, bem outros investimentos com vista à melhoria das condições de toda a infraestrutura portuária.