Segundo a bloquista, “houve uma escolha clara do Governo [no Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas) em fazer apostas nas infraestruturas portuárias no setor dos portos comerciais, o que deixa o porto da Nazaré de fora”.
A eurodeputada tema que “sejam repetidas no litoral as muitas asneiras que já foram feitas em termos de coesão territorial e que resultaram, por exemplo, no abandono do interior”.
“Esperamos seriamente que essas asneiras não sejam repetidas no litoral, porque já muito pouco resta de Portugal e convém defender ainda o que temos”, afirmou.
Defendendo “um modelo [de investimento público] completamente diferente do que tem sido feito em função das políticas de austeridade”, Marisa Matias sublinhou a necessidade de “investir no interior mas também no litoral”, sobretudo, em “infraestruturas que têm maior ligação à atividade económica e social das regiões”.
A candidata sublinhou a necessidade de investimentos não apenas relacionados com a pesca mas também “com as questões turísticas e o desenvolvimento de outras atividades ligadas ao mar, que aqui poderiam ser criadas, não apenas em termos de surf, mas de observação de pássaros, por exemplo”.
A candidata do BE lembrou, ainda, ao Governo que “o setor portuário é muito mais que o setor portuário comercial” e garante que, se for eleita, travará em Bruxelas “muitas batalhas pela regulamentação que falta” ao setor da pesca.
Quanto à política comum de pescas e ao fundo relativo à remodelação da frota pesqueira, a eurodeputada pretende intervir para “tentar que ao nível da regulamentação se minimizem alguns erros de pré desenho de quotas, que permita equilibrar bem os pilares económico, social e ambiental”.
Com a Lusa
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