Cristina Frazão, da Rodoviária do Tejo, explicou que a parceria surge em resultado de um desafio lançado pela câmara e traduz-se num novo conceito assente “na criação de um título único que possibilita aos passageiros das freguesias [não urbanas], com o mesmo bilhete, viajar na cidade, no autocarro urbano”.
O novo autocarro, o “Chita”, alia a imagem da marca de Alcobaça ao que o presidente da câmara, Paulo Inácio, considera ser “um serviço de transporte mais cómodo, mais barato e mais próximo do cidadão”.
A Rodoviária do Tejo criou descontos na ordem do 15% na compra dos bilhetes e passes mensais e a autarquia reduziu também os tarifários dos autocarros urbanos, passando o título de 70 para 50 cêntimos, o módulo de dez viagens de 4,90 euros para quatro euros, os passes de estudante e sénior de 7,70 euros para sete euros e o passe mensal de 15,40 para 10 euros.
A redução espelha “uma preocupação social” da autarquia, e o novo conceito de transporte assenta no redimensionamento dos percursos, abrangendo as freguesias que se localizem num raio de oito quilómetros de distância da cidade e na criação de novas paragens.
“Tendo em conta as sugestões de utilizadores e o balanço entre a oferta e a procura, estamos a procurar dar resposta às necessidades de deslocação”, relacionadas sobretudo com”o acesso a serviços públicos como os CTT, EDP, Serviços Municipalizados e grandes superfícies”, explicou Cristina Frazão.
No relançamento dos transportes urbanos foi ainda tida em conta a acessibilidade aos pontos turísticos da cidade, com a criação de paragens junto do Museu do Vinho, Castelo, Museu Raul da Bernarda e Igreja da Misericórdia.
Com um tempo médio de percurso na ordem dos 40 minutos, a “Chita” circula na cidade com uma capacidade de 14 lugares sentados, oito lugares em pé, um lugar para pessoas com mobilidade reduzida e dois lugares para carrinho de bebé.
O novo sistema de bilhética combinada abrange onze freguesias (Vestiaria, Bemposta, Maiorga, Boavista, Lameira, Chiqueda, Capuchos, Mendalvo, Évora, Carvalhal, e Aljubarrota), atingindo uma população de cerca de 25 mil habitantes.
Os transportes urbanos têm tido uma utilização de cerca de 1.400 pessoas por mês, número que a câmara estima que “aumente substancialmente com este serviço, que tem em conta a componente social, é mais cómodo e adequado às reais necessidades da população”, concluiu o presidente.
Com a Lusa
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