Paulo Inácio fala em “recuperação financeira do Município” num ano em que “a Câmara conseguiu efetuar numa redução drástica das dívidas a fornecedores, tendo-se a amortizado ao longo ano de 2013 o valor de 1,9 milhões de euros”.
O relatório revela que as dívidas a curto prazo se situaram, naquele ano, nos 1,3M€ (12,3M€ em 2011 e 5M€ em 2012), tendo as dívidas a médio e longo prazo ficado nos 11,39M€.
Quanto a investimentos municipais, o Plano Plurianual atingiu um montante de 4,7M€.
Relativamente à receita cobrada esta atingiu os 30,8M€, sendo que a despesa totalizou-se em 30,5M€.
“Conscientes dos problemas contratuais que virão, designadamente com a fatura à Águas do Oeste, tivemos que fazer uma grande recuperação financeira em tempo de escassez de verbas, mas também fizemos um investimento superior a 4 milhões de euros, aproveitando o encerramento do QCA”.
Para Paulo Inácio “os resultados apresentados significam uma gestão mais eficiente e responsável da Autarquia, que se traduz em investimentos necessários e criteriosos”, adiantando que “o Município de Alcobaça prepara desde já o seu futuro no âmbito do próximo quadro comunitário, prevendo-se um crescimento significativo do investimento”.
O autarca reforça que “os municípios estão hoje mais cautelosos relativamente à gestão dos fundos correntes e cumprir a Lei”.
Sobre as criticas vindas da oposição relativamente à falta de investimentos, Paulo Inácio disse que “a questão política é, hoje, a prioridade de investimento e alguns vereadores que falam do paradigma do passado”.
Paulo Inácio reforça que “antes, fazia-se o investimento e deixava-se a fatura para pagar no futuro. Hoje, o Município não pode fazer dívida para fazer grandes investimentos, só pode fazer aquilo que lhe é possível dentro das margens de fundos disponíveis”.
As contas 2013 foram aprovadas com os votos do PSD, abstenção do PS e CDSPP.
José Canha, do PS, justificou a opção de voto “por não ter tido participação no mandato anterior”.
“Entendemos que devemos dar instrumentos à Câmara para poder governar. Enquanto houver condições para o consenso, vamos trabalhar nesse sentido. A partir daí teremos autoridade para fazer ruturas se estas acontecerem. Relativamente às próximas contas, as do ano 2014, poderemos responder”, frisou o socialista.
Do lado do CDSPP, Carlos Bonifácio, realçou a redução da dívida, mas criticou a ausência de investimentos.
“Verifica-se que houve redução muito significativa da dívida tanto da Câmara como dos Serviços, mas esta deve-se ao desinvestimento e à falta de manutenção das infraestruturas municipais, designadamente em relação às vias rodoviárias”.
Já a CDU voltou a votar contra, em protesto contra a entrega tardia dos documentos.
“Debater um relatório com cerca de 400 páginas, requer um mínimo de 8 dias, para uma análise cuidada e fundamentada. A entrega de alguns documentos aconteceu com 48 horas de antecedência e mais uma vez, numa parte, não houve a entrega da totalidade dos documentos”, disse Rogério Raimundo, acrescentando que “mais uma vez, as pessoas votaram sem ler a totalidade dos documentos”.
O comunista lamenta que “só a CDU esteve contra esta má prática que é, a nosso ver, gravíssima”.
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