“É mais uma situação de enorme gravidade e que adensa a já débil situação em que o município se encontra”, refere Walter Chicharro, em comunicado. Segundo nota do município, a Nazaré foi notificada da decisão do Turismo de Portugal de rescisão do contrato de co-financiamento da obra designada por Teleférico. “Foi, também, deliberado, por aquela entidade, exigir ao município a devolução de € 121.000, adiantados para a execução do referido projeto”. Para o presidente da Câmara a situação gera “estranheza” pois, apesar de ter sido tomada em Abril de 2013 e, “só agora, Dezembro de 2013, ser efetuada a notificação a este município”. O autarca questiona se a decisão se deveu ao fato do Turismo de Portugal não ter querido “perturbar” o processo eleitoral de 29 de Setembro, e espera que esta situação “não se prenda por afinidades políticas, partidárias ou até pessoais”. Para a execução do Teleférico, a autarquia teria de contribuir com mais de 1.5 milhões de euros (cerca de 80% do investimento total), mas Walter Chicharro refere que município dificilmente “teria tido capacidade financeira para executar a obra”, que classifica como “um ato de cariz eleitoralista”. “Este é só mais um processo com que nos vimos confrontados no decurso desta, ainda recente, caminhada”, refere o autarca, que fala de “uma herança pesada” e promete colocar os munícipes como a sua prioridade de atuação. Sobre este processo, o autarca refere que serão encontradas “as melhores soluções”.