O comandante da associação, António Paulo, manifestou preocupação com a diminuição de voluntários e da disponibilidade dos que estão ao serviço da corporação. Para António Paulo “está na hora de haver incentivos ao voluntariado, tanto a nível individual como empresarial”. Quanto aos meios técnicos, apesar da entrada de três novos veículos no quartel por ocasião do aniversário (duas ambulâncias e um autotanque), “há lacunas, como obras que não ficaram concluídas por falta de verba”, e que dificultam a ação diária dos bombeiros. Por seu turno, Paulo Inácio, presidente da Câmara Municipal, elogiou o voluntariado, a solidariedade e fraternidade destas entidades, e garantiu que irá continuar a colaborar com as quatro corporações de bombeiros do concelho, através dos protocolos existentes que permitem a transferência de verbas regulares para aquelas associações humanitárias. O autarca referiu, ainda, que brevemente “os bombeiros poderão usufruir de eventos culturais de forma gratuita, podendo também as taxas de prestação de serviços da autarquia, no âmbito dos licenciamentos, vir a ser utilizadas forma graciosa”. “Estes mimos também são importantes para dar um sinal de agradecimento a quem voluntariamente arrisca a sua vida pelos outros”, referiu o autarca, adiantando que estas medidas estão em estudo e deverão ser aplicadas em breve. Já o presidente da Liga dos Bombeiros, António Marques, presente na festa de aniversário, falou do polémico relatório do Ministério da Administração Interna sobre a morte de 7 voluntários nos incêndios deste verão. A Liga exigiu, na Benedita, “respeito pelos que deram a sua vida ao serviço de uma das mais nobres causas: a da solidariedade, da vida e zelo pelos bens dos outros”. “Dizer que esse sacrifício foi em vão, porque as causas [da morte dos bombeiros] terão, por atrás, questões quase pessoais, a Liga refuta e exige o máximo de respeito com estes, que não estando presentes, não vão poder dizer em que circunstancias se deram os acidentes”, frisou António Marques. Um relatório do MAI indica que as mortes dos sete voluntários, durante o combate a incêndios deste verão, se deveram ao desrespeito de regras de segurança.