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Junta de Freguesia de Évora ainda sem executivo

Paulo Alexandre

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A Junta de Freguesia de Évora de Alcobaça continua dar posse ao executivo autárquico, liderado por Joaquim Pêgo. Já se realizaram três tentativas, mas todas terminam sem sucesso.

Uma nova proposta de constituição do executivo de Joaquim Pêgo foi chumbada, na assembleia realizada no final do mês de outubro, com os votos contra da oposição e mais um do próprio PSD, o de Gabriel Afonso, que tem sido oposição à equipa que o elegeu.

“Há desonestidade política”, refere Gabriel Afonso, justificando-se, deste modo, com os votos contra que tem apresentado à proposta de constituição da equipa que irá governar a junta nos próximos 4 anos.

O número dois de Joaquim Pêgo explica que “quando soube que não ia ser convidado para número dois, como tinha sido acordado durante a campanha” ficou descontente, e por isso tem votado contra as sugestões apresentadas pelo líder de equipa.

Já Joaquim Pego, que estava confiante de resolução do problema logo na primeira tentativa, ficou “espantado” com o desfecho de todas estas reuniões, adiantando que “houve encontros preparatórios com o n. 2 e n. 4 da lista”, pelo que não compreende a situação a que se chegou, atribuindo “responsabilidades” a quem está na origem do problema.

Para o presidente da Comissão Política do PSD, João Paulo Costa, “a junta terá de funcionar com o presidente eleito e com os dois vogais que faziam parte da anterior junta”.

“É uma espécie de regime de duodécimos. Não há queda da junta, nem marcação automática de novas eleições”, explicou o social-democrata, adiantando que baseia a sua posição “num parecer que pediu” para este efeito.

Do lado do PS, Fernando Azeitona já fez saber que está disponível para viabilizar um “executivo com as três forças políticas mais votadas”.

Nelson Plácido, eleito do CDSPP, refere que o seu partido esteve sempre do lado da solução para viabilizar a junta, adiantando que “na primeira assembleia houve a possibilidade de coligação entre PSD e CDS, solução que convinha à freguesia, pelo fato de alguns projetos do programa centrista terem sido aceites, pela maioria, para serem executados”.

Já o independente José Damásio aponta para a realização de eleições intercalares dentro cinco meses, remetendo para mais tarde a sua posição sobre este caso, que se arrasta há três assembleias.

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