Não ficou para a História a célebre frase de um imperador romano que vendo-se literalmente apunhalado pelo filho mostrou a sua surpresa ao dizer “Até tu, Brutus!”? E não terá sido apenas pelo nome do filho que já apontava para a brutalidade com que se livrou do pai para poder ser ele a governar um império que já ameaçava ruir, pois a conspiração e a traição corroíam os alicerces da sociedade romana, à época.
Se ao longo da História da humanidade, há filhos capazes de matar os próprios pais movidos pelo desejo de mandar, imagine-se do que não serão capazes de fazer os filhos da política uns aos outros. Sim, os filhos da política! Aqueles que desde pequenos mamam e vivem às custas da política, aprendendo, desde o berço, que não existem amigos ou inimigos. Existem alianças pontuais. Os amigos de hoje, poderão ser os adversários de amanhã e vice-versa.
Sendo uma mãe de poucos princípios e nenhuns valores morais, a educação que a política deu a esta geração de políticos, que se debate por convencer o povo a votar em cada um deles, não poderia ser a melhor.
Um primeiro-ministro que não se entende com o seu parceiro de coligação, um parceiro de coligação que faz ameaças veladas em público, um bando de aves raras que ocupam o cargo de ministros e fazem comunicações à nação, deixando as pessoas de rastos com a infelicidade da suas palavras, um presidente da República omisso que só comunica através do facebook e diz que a aprovação da 7.ª intervenção da TROIKA é por inspiração de Nossa Senhora é um rol de ingredientes excecional para afundar um país numa crise ainda maior do que aquela em que já vive.
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