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Editorial

MAU TEMPO NO CANAL

Clara Bernardino

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Não, o título não tem a ver com nenhum clássico português de literatura. O mau tempo fez-se sentir, seriamente, um pouco por toda a parte no nosso país. Quando vemos imagens de furacões, tornados, maremotos (tsunamis) ou outras manifestações da natureza, pensamos sempre que é lá longe e que nós, por cá, vivemos num cantinho protegido de ventos e más marés.

Só que como diz o povo, “há mais marés que marinheiros” e a desdita também nos bateu à porta. O longe fez-se perto e se o vento e o mar não estavam enfurecidos, não sei como havemos de classificar aquilo por que passámos nas últimas semanas: o mar a galgar pela terra dentro, arrastando consigo vitrinas, esplanadas, tentando roubar aos homens aquilo que há alguns séculos os homens lhe roubaram: território.

Esta bela faixa costeira foi conquistada ao mar há alguns séculos. O Homem desafiou a Natureza. Quem nos garante que ela não terá sede de vingança?

Perante a fúria do mar, percebemos, finalmente, como somos pequenos. A nossa existência é insignificante perante o poder daquilo que pensamos dominar.

Pobres formigas perto da força avassaladora da Natureza.

Esta “lição de moral” da Mãe-Natureza também nos transportou para o passado, no tempo em que não havia água canalizada, não havia luz, nem televisão, nem telemóvel, nem internet, nem tantos confortos a que nos habituámos e dos quais, sem nos apercebermos, nos tornámos escravos. Será que conseguiríamos viver como os nossos avós e bisavós?

Qual das gerações teve mais conforto? – A nossa sem dúvida! E qual delas teve mais qualidade de vida? A resposta, agora, é mais difícil: o tempo que gastamos atrás de umas maquinetas que nos fazem estar em contacto com o mundo também nos impedem de sentir o mundo.

Depois da tempestade vem a bonança. Esperemos que a natureza se acalme e o sol nasça para todos nós…

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