Relembremos um pouco da história e da origem desta obra, que se deu exatamente em Paris, no dia em que a Seleção Nacional goleou a da Coreia do Norte em junho de 2010. Nessa tarde, os UHF encheram o auditório da Gulbenkian como nunca antes ali acontecera e entre canções acústicas e a declamação de poetas lusos congregou-se a apoteose dos grandes momentos em ambiente intimista. No final, na sessão de autógrafos, um e depois outro e outro “citoyen français” perguntavam: este espectáculo está à venda em disco?
Em Novembro do mesmo ano, os UHF chegam pela primeira vez ao Teatro Cinema de Fafe, onde os fãs esgotam os bilhetes com quatro dias de antecedência e a sala veio abaixo ao longo das duas horas e meia da actuação.?Outros auditórios se sucederam com igual sucesso por todo o país – salas antecipadamente esgotadas, entusiasmo geral e prazer desfrutado pelos músicos que descobriam novos caminhos para velhas canções – o formato “unplugged”.
Ora, um ano depois, em Novembro, os UHF regressam a Fafe para registarem um concerto acústico para edição discográfica. Só que desta feita a sala esgota com duas semanas de antecedência; novo concerto é marcado para o dia seguinte – os dois entram no registo digital.?Este disco ao vivo, o quarto na vida dos UHF, é uma celebração a todos os fãs anónimos que entraram e continuam a entrar para a grande família que o tempo e as canções ofereceram ao grupo.
Depois de concertos gravados em Almada, Lisboa e Porto, os UHF celebram as emoções e o coro que as gentes do norte emprestam em cada concerto do grupo, sabendo que viriam outros de todos os cantos do reino.?“Ao Norte” é o melhor desses dois concertos e revela uma formação madura, capaz de se reinventar como acontece nas versões de “Cavalos de Corrida”, o primeiro single a chegar às rádios, “Matas-me Com o Teu Olhar”, “Quando (dentro de ti)” ou “Na Tua Cama”.
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