O tripulante solitário lançou um alerta satélite para a situação de emergência, recebido às 6h19 de quarta-feira pelo Centro Coordenador de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), quando o veleiro “Sea Brigand”, de 14 metros de comprimento, navegava a cerca de 50 milhas a Oeste da Nazaré.
Segundo a Marinha, foi prestada colaboração pelo navio-frigorífico holandês “Nova Zeelandia”, que se encontrava próximo do local e que “assegurou o estabelecimento de comunicações”, tendo sido possível verificar que “o sistema de energia do veleiro encontrava-se severamente danificado e o seu ocupante solicitava evacuação”.
Pelas nove horas foi acionada a Esquadra 751 “Pumas” da Força Aérea. O helicóptero EH-101 “Merlin” foi enviado desde a Base Aérea nº 6 no Montijo, tendo efetuado o resgate do náufrago, numa altura em que o veleiro, de acordo com a Força Aérea, “se encontrava a meter água”.
A ondulação de quatro metros e os ventos fortes no local dificultaram esta operação concretizada por um recuperador-salvador, que durou aproximadamente 40 minutos, e ao mesmo tempo que era prestada assistência por um enfermeiro militar a aeronave transportou o náufrago para o Aeródromo de Trânsito nº1, no Montijo, onde cerca do meio-dia o tripulante foi transportado numa ambulância do INEM para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em situação estável.
O comandante da capitania do porto de Peniche, Vinhas Silva, revelou que “como o veleiro se encontrava à deriva e por representar um perigo à navegação e dado aproximar-se da costa de Peniche”, o barco salva-vidas “Vigilante” do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) de Peniche efetuou o reboque, levando-o para a Marina de Peniche, numa operação que demorou cerca de sete horas e foi concluída pelas duas da manhã de quinta-feira.
“O interior está algo danificado, com água e coisas fora do sítio, e o motor encontra-se mergulhado dentro de água”, indicou.
De acordo com o ISN, “esta operação decorreu com sucesso porque, apesar das dificuldades existentes no sistema de comunicações do veleiro, o tripulante acionou a rádio baliza de emergência (EPIRB), equipamento indicador de posição geográfica numa situação de emergência, que foi recebido no MRCC Lisboa e a partir daí foram acionados os meios necessários de apoio ao salvamento”.
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