Nestas alturas em que os problemas se avolumam, vêm ao de cima as sequelas deixadas pela ausência de cultura cívica e de respeito pelos outros. Acentua-se o lado obscuro e marginal de uma educação desleixada que vai criando raízes nos actos comportamentais do quotidiano.
A juntar a todo este pandemónio automobilístico, acresce ainda um sistema de limpeza completamente anárquico e uma política ambiental inexistente. As ruas vão-se enchendo de lixo e sujidade, os poucos espaços verdes e ajardinados vão-se degradando, votados ao abandono. E, a vila, vai perdendo qualidade no turismo que consegue captar.
Se quisermos ser honestos, facilmente reconhecemos que a Nazaré não tem estruturas para receber tanta gente, com um mínimo de decência. E como também não as cria, só pode acontecer isto. O caos, a anarquia, a bagunça e tudo o que de negativo lhes está associado. O que, mesmo em fim de mandato, é intolerável e não tem qualquer espécie de justificação.
Mas, Agosto já passou e o elenco camarário já pode respirar de alívio. Possivelmente está de bem com a sua consciência, por ter proporcionado aos veraneantes mais um mês repleto de “rasquice” e “xungaria”. No entanto, a manter-se esta indiferença inconsciente, será difícil travar o processo de degradação galopante da Nazaré.
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