A resposta caiu mal junto dos representantes dos pescadores, que classificam de “incompreensível” a posição dos responsáveis pelo setor.
“Quem sai lesado são os trabalhadores da pesca, e logo numa altura em que assistimos a um abandono total do setor. É incompreensível”, refere João Delgado, da delegação da Nazaré da Mútua dos Pescadores.
Os armadores e pescadores que perderam as artes de pesca com a operação de prospeção de petróleo no mar, realizadas ao largo da Nazaré, e esperavam ser indemnizados por esse prejuízo, que ascende aos milhares de euros.
O equipamento estava fundeado e foi danificado durante a operação de preparação do mar para a prospecção, que durou alguns dias, e impediu a pesca numa área considerável, junto à costa.
Segundo os representantes dos pescadores, o prazo de 72 horas para se retirarem equipamentos do mar era curto e impossível de cumprir, tanto mais que as condições meteorológicas e marítimas desaconselhavam a saída para o mar.
Foi por causa da falta de respostas aos avultados prejuízos sofridos pelos pescadores da Nazaré, que o grupo parlamentar do PCP voltou a questionar, no Parlamento de Lisboa, a tutela, mas a resposta “foi evasiva”, informou João Delgado, a mútua dos Pescadores.
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