Uma entrevista de Joaquim José Paparrola
Região da Nazaré – Agora mais a frio que balanço faz da histórica temporada do Casal Velho (seniores masculinos)?
Rogério Serrador – De facto reconheço que foi uma época histórica, e os números provam-no. Tivemos um trajecto memorável, lideres desde a 1ª jornada da prova, fizemos da nossa regularidade, mas sobretudo do desejo forte de conquista o nosso maior “trunfo”. No final vencemos também a Taça Distrital, que curiosamente foi na Nazaré, o que pessoalmente me deu um gosto absolutamente especial.
R.N- Com uma equipa totalmente amadora, qual o seu segredo para incentivar os teus jogadores para um nível exibicional de grande fulgor?
R.S- O segredo está na qualidade dos jogadores que o Casal Velho tem à disposição, que encaram o clube e a modalidade de uma forma que é tudo menos amadora, “roçando” muitas vezes o profissionalismo. Um grupo de grande qualidade, onde se misturou a irreverência e a juventude de uns, com a experiência de outros. Penso que a equipa técnica teve a capacidade de fazer acreditar os atletas que de facto era possível conquistar algo. Aproveito para agradecer a toda a minha equipa técnica, começando por Paulo Henriques um técnico de grande competência e que foi sem dúvida um grande reforça na estrutura do nosso clube. Também Rui Marques (Ruizinho), que acumulava o cargo de treinador adjunto com o de jogador, e que com a sua notável qualidade foi uma peça absolutamente fundamental no sucesso conquistado, desejo-lhe as maiores felicidades no seu novo clube. Concluindo agradecer ao Ruben (treinador de guarda-redes) e ao João Paulo (responsável pela observação, pessoas de grande capacidade de trabalho.
R.N- Qual o momento em que sentiu que era possível alcançar a subida de divisão?
R.S- Como foi publico esse foi um objectivo traçado no inicio da época. Conseguimos ter um bom arranque de campeonato, fazendo na primeira volta 9 vitórias e 2 empates, a partir desse momento acreditei que fazendo uma segunda metade de campeonato regular poderíamos conseguir a tão desejada ascensão ao campeonato nacional.
R.N- Por falar em tua ascensão, a sua no futsal tem sido demolidora, não tendo praticado esta modalidade, como conseguiu evoluir na mesma sendo um jovem treinador?
R.S- Iniciei-me enquanto técnico de futsal exactamente há 10 anos, e durante este percurso tenho apostado claramente na minha formação. O futsal é uma modalidade que existe permanente estudo, e é nessa vertente que invisto bastante, tentando absorver e partilhar com colegas a maior quantidade de informação possível. Sinto- me um privilegiado por aos 30 anos me estrear num campeonato nacional como treinador de uma equipa sénior, e também por ter a oportunidade de ser seleccionador distrital sub-20. Esta ascensão devo-a por inteiro aos jogadores com quem tenho trabalhado ao longo dos anos, e aos responsáveis directivos que têm confiado sempre no meu trabalho. Apesar de tudo tenho, como se costuma dizer, “os pés bem assentes no chão” e sei que de resultados se fazem os bons e os maus momentos nos trajectos dos treinadores. Para a nova época tudo faremos para que o clube consiga a manutenção no campeonato nacional, e acredito plenamente que temos capacidade para tal.
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