Apurar o estado do sector das pescas junto dos profissionais da área foi o principal objectivo desta deslocação ao porto de abrigo.
Num encontro bastante participado, os deputados ouviram várias reclamações e denúncias dos profissionais da pesca, como a reclamação apresentada pelo armador Joaquim Carlinhos, relativa aos trabalhos de prospeção de petróleo realizados, no Verão passado, pela empresa canadiana, Mohave Oil, foram transmitidas aos parlamentares. O armador, que foi ressarcido dos valores relativos à impossibilidade de trabalhar durante aquele período, queixa-se de nunca ter sido indemnizado pelas artes de pesca perdidas, cujo prejuízo ascende a vários milhares de euros. O deputado João Ramos comprometeu-se a questionar o Secretário de Estado sobre esta questão.
A pesca por parte de pescadores reformados, que tentam assim complementar as baixas reformas; a quebra das capturas, que dura há um ano; a quebra de rendimentos; a falta de jovens num sector que se revela pouco atrativo; foram outras das preocupações apresentadas pelos pescadores aos deputados, que se comprometeram a «levar ao mais alto nível as questões levantadas».
Os deputados recordaram que, sobre o caso Mohave, «foi o PCP que desencadeou a luta» dos pescadores, denunciando e dando visibilidade, a «uma injustiça tremenda» que se estava a praticar.
Os parlamentares comprometeram-se, ainda, a lutar pelo investimento e desenvolvimento de um sector, «que tem muito para dar, desde que organizado». Frisaram «os sucessivos erros da União Europeia e dos governantes portugueses» relativamente ao setor.
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