EDITORIAL

O barato, afinal, ainda sai caro

Clara Bernardino

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Se o Pingo Doce escolheu mal o dia para lançar uma campanha mais agressiva de Marketing ou se a campanha era agressiva demais, não nos cabe a nós comentar. Os especialistas de Marketing, os sociólogos, os politólogos, os comentadores oficiais e oficiosos dos diferentes canais televisivos já o fizeram e com mais douta opinião que a nossa, com certeza.

O resto do mundo (mais evoluído que o nosso, pensamos nós!) também faz campanhas destas e são, normalmente, acompanhadas por desafios que, por vezes, põem em causa a dignidade de cada um daqueles que acorre às ditas promoções…

As imagens falaram por si. As pessoas acotovelavam-se e empurravam-se para encher os carrinhos com bens de primeira necessidade e outros de que, se calhar, não tinham necessidade nenhuma. A febre das promoções é mesmo assim: se há pessoas que as aproveitam, direcionando o seu dinheiro para aquilo que precisam, outras há que se deixam contagiar pela necessidade extrema de encher o carrinho, apenas para usufruírem do desconto.

Muitas das pessoas que acorreram ao Pingo Doce no 1.º de Maio eram, talvez, já clientes desta cadeia de hipermercados e já teriam de ir às compras, por necessidade imperiosa da despensa lá de casa. Todas as outras foram movidas pela campanha de Marketing, que resultou em cheio. Mas diga-se de passagem que, para poder usufruir da campanha, era necessário ter, pelo menos, 50 € disponíveis para pagar, na caixa. Tendo em conta que era feriado e nem todos os portugueses são funcionários públicos, logo recebem no dia 1 de cada mês, esta campanha era dirigida a quem tivesse algum dinheiro de parte, pelo menos do mês anterior…

Caso o Pingo Doce não tenha vendido os produtos abaixo do preço a que os comprou, então poderemos concluir que todos os preços praticados pelos hipermercados são muito inflacionados em relação ao seu real valor, o que implica que somos “enganados” cada vez que vamos às compras, e, quando vamos aos saldos estamos mais perto do preço real …

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