A Farmácia Bello Marques não tenciona abandonar a rua Alexandre Herculano, apesar de reconhecer as dificuldades que afetam o comércio instalado do Rossio, em Alcobaça. Ao contrário do que foi noticiado na última edição, a farmácia garante que vai manter-se em funcionamento naquele local. «A crescente desertificação do centro histórico é um sintoma da crise, mas os problemas começaram aquando das obras de requalificação da zona envolvente ao Mosteiro de Santa Maria», explica Joaquim Silveira. O responsável pela farmácia Bello Marques adianta que «desde 2004, a quebra de receitas tem sido substancial». Para além da pedonalização da Praça 25 de Abril, em concreto, outros factores têm contribuído para a degradação do negócio das farmácias, nomeadamente as alterações às margens de lucro dos medicamentos, através do sistema de comparticipações, e a crise económica, que tem crescido desde 2008. Segundo Joaquim Silveira, a saída da farmácia da rua Alexandre Herculano implicaria a sua reinstação na zona da antiga sede dos bombeiros de Alcobaça, tendo em conta que a lei em vigor obriga a existir uma distância mínima de 300 metros entre farmácias e a 200 a partir de um hospital ou centro de saúde. «Para já, nada está definido, no médio prazo, sobre a localização da farmácia», informou, mas se a desertificação do Rossio mantiver o atual ritmo, provavelmente o assunto poderá merecer outra atenção. Paulo Alexandre
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