Do que é que estavam à espera? Pensavam que, pela primeira vez, os políticos cumpririam a sua palavra ou não satisfariam as suas clientelas? Não sabem que, em cada eleição, há listas de espera infindáveis, daqueles que se acotovelam nos corredores do poder para obterem o quinhão da governança?O fatalismo tornou-se o nosso sustento, a nossa razão de ser e de existir, inevitável como o fado. Por isso não admira que definhemos e percamos aquilo a que alguns inteligentes, ironicamente, chamam de celulite. Mas que, no fundo, não é mais do que as parcas peles que nos cobrem os ossos.
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