O julgamento de Andoni Fernandez, alegado elemento da ETA, vai continuar no Tribunal das Caldas da Rainha nos dias 3 e 4 de Outubro, devido à dezena e meia de testemunhas ainda por ouvir, depois de nas primeiras duas audiências terem sido prestadas mais de duas dezenas de depoimentos. O advogado de defesa insistiu no que considerou ser “uma contradição” do agente policial, que durante a fase de inquérito disse ter dificuldade em identificar Andoni Fernandez, referindo que “quase nem o viu, não sendo capaz de o descrever” e na sessão de julgamento procedeu ao reconhecimento do alegado membro da ETA, considerando estar “mais magro” e ser “em princípio” a pessoa que residiu na vivenda. O defensor pediu a confrontação da testemunha com as declarações anteriores e no final da primeira sessão manifestou que “as declarações prestadas por essa testemunha revelam patentes contradições e são passíveis de consubstanciarem a prática de crime de falsidade de depoimento”. José Galamba também apontou contradições noutros depoimentos, mas nem o Ministério Público nem o colectivo de juízes deram provimento. Noutra ocasião, ao tentar deslocar um armário que estava no quarto, um dos bascos “disse em voz alterada para não mexer”, acabando o móvel por aparecer noutro local selado com fita adesiva. “Na garagem [onde foram descobertos bidões com tonelada e meia de explosivos] estávamos sempre acompanhados. Pareciam desconfiados”, descreveu. Mas a falta de memória não ficou por aqui. Outra testemunha, Luís Pereira, morador no Bairro das Morenas, onde junto à sua propriedade ficou atolada a viatura que terá sido utilizada pelos dois bascos para fugir a uma operação Stop da GNR, afirmou que a chapa de matrícula do carro foi descoberta pela PJ, quando tinha sido um amigo seu da GNR de São Martinho do Porto, acompanhado do irmão, que a encontrou no meio de canas. Ambos vão ser convocados para prestar declarações, após requerimento do advogado de defesa. “Apertado” pela PJ O advogado de defesa requereu que fosse extraída certidão destas declarações para serem remetidas ao Ministério Público, contudo, o procurador Rodrigues Taxa fez notar que “a parte onde existem frases ou palavras riscadas é perfeitamente visível e todas as páginas se encontram devidamente assinadas pela testemunha em causa, o que significa que na altura concordou com o que estava escrito, pelo que não vejo razão para entrega de certidão ao Ministério Público”. O colectivo de juízes concordou com o Ministério Público. O tribunal esteve rodeado de excepcionais medidas de segurança, numa operação com elementos do GISP e da Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo, e agentes da PSP. O presidente da Câmara, Fernando Costa, defendeu a criação de um tribunal próprio para julgamentos que exigem fortes medidas de segurança, sustentando que o julgamento prejudicou a actividade da cidade.
Julgamento de alegado membro da ETA prossegue a 3 e 4 de Outubro
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