Apesar de tudo, este coelhinho não deixava de ser estranho e invulgar. Com uma característica peculiar que o distinguia de todos os outros da sua espécie. Era um coelho que punha ovos, às vezes até de chocolate. Mas que, com a sua aparência ternurenta, transmitia confiança.
A política de interesses contaminou tudo aquilo em que tocou. E, agora, já nada nos consegue purificar a alma. Nem, tão pouco, existem imagens que nos façam acreditar num futuro mais promissor e mais doce. Antes pelo contrário. O coelhinho ingénuo e bem-intencionado do passado deu lugar a um novo. Interesseiro, oportunista, premeditado e falso. Na versão: coelho manso no tacho…
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