Paulo Alexandre Responsáveis da Mohave Oil & Gas Corporation, empresa que vai analisar o subsolo de Alcobaça para pesquisar petróleo, rejeitaram em sessão de esclarecimento no auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça riscos e eventuais danos na realização deste trabalho para o mosteiro ou outras estruturas da cidade. “Efectivamente, o risco não existe”, afirmou o geógrafo da empresa, Rui Vieira e esclareceu que, “do ponto de vista estritamente técnico”, a empresa poderia, “com segurança, operar a 15 ou 20 metros do mosteiro”. Rui Vieira assegurou que um camião a passar em frente ao Mosteiro de Alcobaça, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, causa um “impacto maior” que os equipamentos da Mohave.
Actualmente, o trabalho da empresa na região estende-se por 160 quilómetros quadrados, em duas freguesias de Porto de Mós, Valado dos Frades, na Nazaré, e 12 freguesias no concelho de Alcobaça. Questionado por um morador que reside a menos de 500 metros do monumento sobre a probabilidade de danos na casa e quem paga eventuais indemnizações, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, remeteu a responsabilidade para a empresa, acrescentando: “Os nossos técnicos dizem que não vai haver danos, a empresa diz o mesmo”. No mesmo encontro, o director-geral em Portugal da Mohave Oil & Gas Corporation, Arlindo Alves, explicou que esta primeira fase, que vai determinar a possibilidade de existência de petróleo, terminará dentro de cinco a seis meses, após análise dos dados recolhidos. Só depois, se saberá se a empresa avança para a perfuração do solo.
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