Carlos Barroso O Grupo de Português da Escola Básica 2,3/ Secundária de S. Martinho do Porto promove, ao longo desta semana, uma exposição em homenagem ao autor recentemente desaparecido, José Saramago. Aberta à comunidade, esta homenagem conta com a participação de professores e alunos, que em conjunto, convidam a revisitar a vida e a obra de Saramago de 14 a 19 de Fevereiro. Entre as obras revisitadas, contam-se as declamações dos Poemas Possíveis e a recriação de “quadros vivos” do Memorial do Convento, em que alguns alunos dão vida às principais personagens do romance histórico de José Saramago, tendo como pano de fundo a reprodução da fachada do Convento de Mafra e a presença da “passarola” (máquina de voar, cujo projecto ficou a dever-se ao padre Bartolomeu de Gusmão), levando-nos a uma viagem na História, mais propriamente ao reinado de D. João V, num convite à leitura da obra do autor, que faz parte do programa de Português do 12.º ano.

Inscrito no Plano Anual de Actividades, este evento pretende levar a literatura à comunidade, abrindo as portas da escola à visita daqueles que queiram conhecer melhor a vida e a obra do único autor português agraciado com o prémio Nobel da Literatura. Durante a semana, para além dos pensamentos, frases, fotos e caricaturas que nos levam a traçar um percurso no Polivalente da escola, os visitantes podem ver “Ensaio sobre a cegueira” e assistir à projecção de documentos em power point sobre a vida do autor e o momento da cerimónia da entrega do Nobel da Literatura. Se ainda não foi ver esta exposição, poderá fazê-lo até dia 19 e prepare-se para se deixar encantar pelas maiores flores do mundo, pensadas e concebidas pelos alunos do 2.º ciclo, a propósito do conto “A Maior Flor do Mundo”, ou para fazer uma viagem no tempo, até ao reinado de D. João V, onde “Era uma vez um rei que fez a promessa de mandar erguer um convento em Mafra. Era uma vez a gente que o construiu. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez…”