Paulo Alexandre As perdas comerciais de algumas empresas da freguesia de Cós chegam aos 30 por cento cada vez que a freguesia fica sem comunicações, em virtude do furto de fios de cobre. Os dados foram recolhidos pelo presidente da Junta, Álvaro Santo, que reuniu com empresários e população por causa dos sucessivos cortes nas comunicações.
As pessoas estão “revoltadas”, diz o autarca, que classifica de “abuso” a situação a que se chegou naquela freguesia. Para agravar o problema, diz ainda o autarca, “as linhas não acusam o corte, ou seja, uma pessoa liga e dá sinal de chamada como se a comunicação estivesse normal”. “Do outro lado dá como se tivesse a chamar”, garante Álvaro Santo.
Sobre os relatos de danos e prejuízos provocados pelas falhas nas comunicações, o presidente da Junta refere o caso de um escritório de contabilidade que fica impossibilitado de dar “assistência às empresas” através da Internet fixa. Para contornar o problema, o contabilista recorre à Internet móvel, mas não consegue muitas das
vezes concluir os trabalhos porque a ligação “está sempre a cair”. “Outro empresário, que trabalha com uma empresa dos Estados Unidos, fica também sem contactos”, refere ainda Álvaro Santo. A farmácia de Cós fica sem poder encomendar medicamentos, cada vez que as linhas de cobre são alvo de furto, que nos últimos meses têm ocorrido semanalmente.
A Junta de Freguesia relata ainda um caso de uma empresa que trabalha com acessórios. Por cada dia que fica sem telefone, este negócio perde 30 por cento das receitas diárias. Na actualidade, é normal uma empresa depender da Internet para fazer negócios, mas devido aos constantes furtos de cobre na freguesia de Cós, “muitas acabam por ter prejuízos”, garante Álvaro Santo.
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