Tânia Rocha O Bloco de Esquerda questionou, recentemente, o Governo, através dos deputados Heitor de Sousa e Catarina Martins, eleitos pelo círculo de Leiria, sobre “o estado de degradação” da Igreja de S. Gião, na Nazaré. Depois da passada visita de Francisco Louçã e Heitor de Sousa a este monumento, em tempo de campanha eleitoral, os deputados querem agora que o Governo, através do Ministério da Cultura, responda às seguintes questões: “Considera o Governo aceitável o avançado estado de degradação da Igreja de São Gião, concelho da Nazaré, distrito de Leiria?”; “Prevê o Governo promover algum projecto de intervenção global que vise a conservação e recuperação daquele Monumento Nacional?”, e ainda, “Que medidas urgentes e imediatas pretende o Governo para proteger este monumento, cujo estado de degradação faz temer a seu completo desaparecimento?”
O BE considera que a Igreja de São Gião é “hoje, de facto, pouco mais que uma ruína”, uma vez que “está fechada e abandonada desde há muito, estando coberta com zinco e suportada por dezenas de escoras”. Esta força política realça também que “o acesso ao local é muito complicado, já que é feito por um caminho de terra batida completamente esburacado”. O BE ainda afirma que “cabe ao actual IGESPAR a missão de conservar, preservar, salvaguardar e valorizar o património, incluindo bens imóveis de especial valor histórico, arquitectónico e artístico, sendo a protecção e valorização do património cultural português uma tarefa fundamental do Estado, tal como consagrado na Constituição da República Portuguesa”. Apesar de referir que no site do IGESPAR está divulgado que “findos os trabalhos de investigação, o IPPAR desenvolve, na actualidade, os estudos com vista ao restauro e valorização do monumento”, o BE conclui que “a verdade é que os anos passam e não só não são conhecidos os referidos estudos, como não teve lugar qualquer intervenção de restauro ou valorização”. A Igreja de São Gião foi classificada como Monumento Nacional, em 1986.
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