Músico Nuno Gonçalves recebeu prémio no palco do Coliseu dos Recreios David Mariano O projecto português Amália Hoje, constituído pelos músicos alcobacenses Nuno Gonçalves e Sónia Tavares, ambos músicos da banda The Gift, foram distinguidos no passado domingo, durante a 15ª cerimónia dos Globos de Ouro, realizada pela televisão SIC, com um Globo de Ouro pelo tema “Gaivota”, nomeado na categoria de Melhor Canção. Não poderia ter sido mais perfeita a noite para este”super-grupo” composto por músicos como Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell e Paulo Praça, ex-Turbo Junkie e membro dos Plaza. Os Amália Hoje levaram assim de vencida nomes como David Fonseca, nomeado pela cancão “Cry 4 Love”, Adriana com o tema “Cara ou Coroa” ou o veteraníssimo José Cid com o “Mais um Dia”, tendo recebido o galardão em cima do palco do Coliseu dos Recreios pelas mãos dos apresentadores Cláudia Vieira e João Manzarra, espaço onde o trabalho havia sido lançado precisamente na mesma cerimónia de entrega de prémios do ano passado.
O músico e compositor Nuno Gonçalves dedicou não só o prémio aos vocalistas que com ele trabalharam no disco, mas destacou ainda o facto do tema “Gaivota” ter constituído a primeira pista para o sucesso que adviria ao álbum de versões da artista Amália Rodrigues (duplo disco de platina em Portugal) e uma forma de as novas gerações poderem conhecer e desfrutar da obra da cantora de fado com todo o esplendor e destaque que ele mereceria. Os Amália Hoje foram ainda nomeados na categoria de Melhor Grupo, juntamente com bandas como Oquestrada ou Virgem Suta, mas acabariam por ver o prémio arrebatado pelos míticos Xutos & Pontapés. Lançado em Abril passado, o disco “Amália Hoje” foi editado pela La Folie Records (editora da formação alcobacense The Gift) e Valentim de Carvalho Multimédia. Foi contudo o single de lançamento “Gaivota” que pôs o pais inteiro a cantar e a viajar até a herança artística de Amália Rodrigues, desta vez sob a voz carismática de Sónia Tavares. O alinhamento, os arranjos e a direcção musical foram assinados por Nuno Gonçalves e segundo o próprio procuraram acima de tudo reinterpretar as composições deixadas por Amália Rodrigues ao som das sonoridades actuais.
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