Todos os dias vemos políticos das diferentes forças partidárias a representarem este papel. Limitando-se a apontar defeitos quando se recusaram a assumir responsabilidades. Com o descaramento e a falta de pudor próprios de quem se acha investido de um superior desígnio. Mas, também, com a aceitação benévola e conivente da opinião pública. E, apesar de lhes reconhecermos razão nas críticas que fazem, não lhes podemos reconhecer autoridade moral. Porque, todos eles sem excepção, são farinha do mesmo saco. Mártires e heróis de conveniência nesta tragedifarsa.
Pactua-se e acobertam-se os esquemas fraudulentos, os expedientes, as falsas baixas, os “biscateiros”, o laxismo e a economia paralela. Fecham-se os olhos aos “offshores”, às Fundações, às sociedades mafiosas, às evasões fiscais e ao deboche financeiro. Utilizam-se as reivindicações, justas ou injustas, como arma de arremesso político e como pretexto. Tudo de acordo com as conveniências partidárias e as sensibilidades.
0 Comentários