O período quinzenal ficou marcado pela manutenção do movimento correctivo da generalidade dos índices accionistas que, desde os últimos máximos relativos já recuam entre 10% a 15% . Apesar da generalidade dos resultados que têm sido divulgados na actual earning season terem superado as expectativas do mercado, quer no bloco Europeu como Norte-americano, verificaram-se ainda assim alguns “sustos” no mercado que decorreram de novos aumentos de capital anunciados por determinados players financeiros, bem como pelo receio de instabilidade adicional no sector financeiro, em particular depois de ter sido noticiado a necessidade de reforço da intervenção do Executivo Britânico na instituição RBS.
Na esfera macro-económica, os indicadores mais recentes sugerem alguma estabilização do panorama macro-económico, em particular no que se refere à ténue recuperação de um conjunto de importantes indicadores de confiança e industriais, uma situação que acaba por ser oposta ao agravamento do fenómeno do desemprego na Europa e EUA. Refira-se que tanto o BCE como a OCDE acabaram por rever em alta neste período as estimativas para o crescimento económico de um conjunto de blocos económicos (Zona Euro, EUA e regiões da Ásia), um factor que acabou por reforçar de alguma forma os níveis de confiança dos agentes de mercado e limitou eventuais maiores perdas da generalidade dos índices accionistas. Em Portugal, o índice PSI-20 não escapou às perdas verificadas pelos peers europeus, destacando-se a retracção evidenciada pelo segmento financeiro e de um conjunto específico de títulos como a Mota-Engil e Zon, consubstanciando-se assim num movimento de perfil eminentemente técnico atendendo à dimensão dos ganhos recentes. Noutro âmbito realce para a manutenção de máximos relativos do cross EUR-USD e do preço do crude nos mercados internacionais que se situaram em torno dos 1,50 e USD 80 por barril respectivamente.ResearchBanco BiG
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