Carlos Falacho Nota: no assunto que trato neste meu artigo, sou eu próprio quem se revê no personagem edil, e não o autêntico presidente da câmara, senhor engenheiro Jorge Barroso O silêncio do Presidente Jorge Barroso em não revelar os nomes das personagens que o acompanham na sua candidatura, poderá fazer parte de uma estratégica silenciosa com fim de obter sem esforço, mais uma vitória eleitoral. Mas porque? Está o presidente Barroso a seguir esta metodologia, quando já são conhecidos os nomes dos principais candidatos das outras candidaturas? Será que está a tomar a atitude acertada, face ás surpreendentes alterações porque passaram as candidaturas adversárias, pensando que daí resulte alguma descredibilidade que o possa naturalmente beneficiar?
Jorge Barroso, que não é inocente nestas andanças de eleições autárquicas, deve ter percebido que lhe é mais útil estar de momento calado, e esperar que os seus adversários divulguem alguns pormenores dos seus projectos de gestão camarária, para entrar no terreno da disputa mais bem documentado. Neste contexto permito-me tentar adivinhar o porquê desta estratégica silenciosa. Se por hipótese Jorge Barroso está convencido que pode contar com três importantes trunfos que pode jogá-los contra os seus contendedores, então irá usá-los na ocasião mais adequada. A sua primeira carta é um Às! Que fará uma vaza de muitos pontos, quando de modo indirecto e humilde se dirigir aos funcionários camarários informando-os de que a sua vitória no próximo eleitoral, se reflectirá na continuidade permanente dos postos de trabalho. E, atendendo ao momento difícil que se vive, mesmo que não se goste laranja, a prestação da casa ou a renda e demais despesas com os filhos, pesam na decisão que se opta em quem se deve votar. A segunda cartada, que é uma jogada de bisca, faz vaza tripla também de muitos pontos. Tripla, porque, ao solicitar o apoio dos grandes construtores locais, em lógica, estes também o transmitem aos sub-construtores que por sua vez decantam a mensagem sobre os seus empregados acrescida de algumas palavras de significado temerário – tais como – rapaziada! Com este presidente continua a haver trabalho! Claro que Jorge Barroso contará com a visita da líder do PSD e no dia em que Manuela Ferreira leite vier à Nazaré em viagem triunfal, no seu discurso, dará a garantia e o apoio total a Jorge Barroso para que possa promover e executar as megas obras que trarão muitos benefícios ao povo nazareno. Depois da lufada destas palavras apoiantes de Ferreira Leite, o candidato Jorge Barroso estará mais seguro nos debates que irá travar com os outros candidatos. É uma área em que já o ouvimos esgrimir bem, porque traquejo político não lhe falta. E se em algum momento de interpelações for questionado, acerca de algumas novas construções embora pontuais, por não respeitarem o alinhamento dos passeios públicos, logo responderá que a falha é certamente dos serviços respectivos. E como estes serviços são dirigidos por humanos, acrescentará “falhar é humano perdoar é divino”. Entretanto chego ao fim desta minha reflexão, que só pode ser interpretada como pura quimera, embora por paradoxo que pareça, até pode ser profeta. Ah! Reparo que não vos descrevi o significado da terceira carta. Não era esse o meu propósito. Mas posso afirmar-vos que é um Rei e que o presidente Jorge Barroso só a jogará em último recurso. Oxalá que seja um Rei do naipe de ouros porque o ouro é prenúncio de riqueza. Se o presidente Jorge Barroso for coroado Rei do concelho da Nazaré, para reinar durante mais um mandato, espero que a carta não seja um Rei de paus! Porque senão, e só, porque eu ousei profetizar este seu continuado reinado, poderá sempre ordenar a um dos seus arlequins que me derretam à paulada.
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