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Crise continua a ser ameaça para cerâmica utilitária

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Conclusões de dois estudos apresentados em Alcobaça Paulo Alexandre A crise, a concorrência de países com mão-de-obra mais barata, o aumento de importações destes produtos, a valorização do euro face ao dólar e os custos energéticos, continuam a ser fortes ameaças à sobrevivência do sector da cerâmica, em particular do subsector da cerâmica decorativa e […]

Conclusões de dois estudos apresentados em Alcobaça Paulo Alexandre A crise, a concorrência de países com mão-de-obra mais barata, o aumento de importações destes produtos, a valorização do euro face ao dólar e os custos energéticos, continuam a ser fortes ameaças à sobrevivência do sector da cerâmica, em particular do subsector da cerâmica decorativa e utilitária. José Luís Sequeira, vice-presidente executivo da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER), que esteve na semana passada em Alcobaça para a apresentação de dois estudos sobre o sector da cerâmica do concelho de Alcobaça e da Região Oeste, afirmou que “a crise provocou uma quebra acentuada de encomendas”. Os estudos apontaram, ainda, como fragilidades do sector, no concelho de Alcobaça, a “gestão familiar e reduzida dimensão das empresas, trabalhadores pouco qualificados e com idade elevada, e a forte dependência do estrangeiro”.

O dirigente acrescentou que a ausência de “cooperação inter-empresarial”, ao longo de anos, também não ajudou o sector a preparar-se para as mudanças de mercado e as, consequentes dificuldades, apelando, deste modo, a “uma mudança de atitude para que as empresas ganhem outra dimensão”. O subsector da cerâmica utilitária e decorativa tinha, em 2008, 405 empresas, e empregava 10.955 trabalhadores. Só no concelho de Alcobaça, a produção do subsector contempla 36 unidades, que dão emprego a 1.215 trabalhadores, gerando um volume de negócios de 47 milhões de euros. A empresa responsável pelo estudo, a Inteli, parceira da Câmara de Alcobaça no projecto do INTERREG IV-C “CeRamICa”, apontou, também, algumas oportunidades que o sector precisa de aproveitar, nomeadamente, a crescente aposta na regeneração urbana em detrimento da construção nova bem como o crescimento do turismo industrial. O “aproveitamento de fusões e aquisições entre empresas, a utilização de energias renováveis e o desinvestimento no sector da cerâmica por parte de outros países europeus produtores e consumidores” são outras das oportunidades apontadas pelo estudo. Eduardo Nogueira, coordenador deste projecto, na Câmara Municipal de Alcobaça afirmou que o sector terá de se organizar e cooperar mais pois «acabou o tempo de todos produzirem o mesmo», fazendo ver que o sector precisa de «criatividade» e de «aproveitar as oportunidades», para se adaptar às novas exigências. Por exemplo, disse Eduardo Nogueira, «pode caminhar-se para o sistema chave na mão”, isto é, as empresas de cerâmica devem aliar-se ao sector da construção e proceder, durante a construção do edifício, à decoração interior” deixando aos futuros donos o trabalho do recheio. Os estudos, apresentados em Alcobaça, sobre fragilidades e oportunidades do sector em Alcobaça, vão ser enviados ao Ministério da Economia, servindo de reforço ao documento reivindicativo entregue em meados de Março por empresários e autarquias da região, reclamava medidas de apoio ao sector, nomeadamente ao nível da energia ou da formação dos trabalhadores.

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