José Constantino Maritimo Finalmente estamo-nos a aproximar das eleições autárquicas! Pois é queridos leitores, como já era de esperar, os velhos tiques dos políticos já se fazem notar. Já calculava que ao fim de tantos anos, as estradas, este ano, iam finalmente ser reparadas. Tudo o que foi deixado ao abandono nos últimos três anos, de repente é concertado, pintado, etc. Os políticos voltam a ser sensíveis, voltam a ser humanos e a escutar as pessoas, a sair mais à rua, para a gente se lembrar que eles existem. Sempre a mesma coisa! Será que ainda pensam que somos burros?! Que não vemos estas coisas? Alguns aspirantes a líderes políticos até saem à noite e bebem umas minis valentes! Sim minis, que é para serem solidários com o povo! O povo teso e deprimido que só bebe essa bebida sem glamour (a bebida que era dantes bebida da hora da bucha nas obras, é agora a preferida das mulheres, vejam bem! Parecem homens, até perdem o ar feminino. Devia ser proibido servir minis às mulheres para bem da imagem das mesmas).

Outros começam a pensar no futuro, no deles sobretudo, e pensam que têm de ir para a política a bem da terra e do povo. Já se notam as movimentações, nas listas dos partidos, quem vai, quem não vai, as punhaladas que dão uns aos outros, os que lá por terem andado a colar cartazes desde pequeninos ao partido acham que merecem um lugar de destaque, mesmo sendo eles burros que nem portas. Os que não estando na política, alguns eleitores, já estão a pensar na futura cunha para um membro da família que está desempregado, ou que se está a formar ainda, e que possivelmente, não vai ter emprego se não for com o chamado pedido da praxe. “Vou apoiar fulano tal, porque é com fulano que me posso safar!” Os eleitores no geral também já começam a dar palpites. Os poucos que pensam no assunto, pois alguns pensam a política como pensam o futebol. “Voto naquele partido nem que ponham lá um atrasado mental à frente e pronto! Sou desta cor e mais nada! Só voto assim tanto para a Câmara, como para a Junta. Sempre no mesmo partido!”. Outros, a grande maioria, não têm opinião formada sobre nada. “A política é para os políticos, a gente não se deve meter”, dizem! È por causa destas mentalidades que ainda persistem, que conseguiram fazer por exemplo, o monstro feio do prédio do Urbisol, sem que ninguém se tivesse oposto! Como foi possível terem feito aquilo, numa altura em que a Nazaré ainda era uma beleza arquitectónica, sem que ninguém se tivesse oposto? Só mesmo uma população muito atrasada, e uns políticos doentes da cabeça! Mas o atraso continua e a doença também, a julgar pelo betão que não para de crescer! Mas vamos ser positivos, pelo menos a cada três anos acontece alguma coisa! Somos bombardeados com uma enxurrada de obras, ideias e projectos, o que já não é mau! Os políticos portugueses são todos assim, não são só os de cá, atenção! Só gostava era que nestas eleições os partidos escolhessem as pessoas pelo mérito, os melhores dos melhores, os competentes, e não os amigos de fulano e o velho militante do partido, que de já há tantos anos andar nisto da militância, merece um lugarzinho. Alguém que nos apresente ideias novas, se não, que ganhe o actual presidente! Não podemos mudar só por mudar! É preciso saber se essas pessoas têm o Know how para assumir o cargo, que venham para a rua falar com as pessoas, debater as ideias, os seus pontos de vista! Mas ideias que não demorem muito a concretizar, pois de esperar já estamos nós fartos! Se não têm nada de novo, deixem estar como está. Quem não estorva já ajuda, diz o ditado. Assim ficamos na mesma, à espera que tudo se concretiza um dia! Pelo menos este presidente tem ideias e projectos! E os outros? Não ouvi nem vi nada ainda! Enquanto isso, devíamos nós todos intervir, discutir, e sobretudo, abordar os políticos e fazer com que eles venham debater o que realmente interessa, o futuro. Se não aproveitarmos agora para o fazer, só o poderemos fazer de novo em 2013, pois até lá, eles irão andar muito ocupados com o nosso futuro.