Paulo AlexandreA crise económica e financeira mundial já começou a afectar o volume de negócios no sector da pedra.Os industriais da transformação da pedra pediram ajuda à Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) para que interceda junto de diversos organismos de forma a que o sector possa superar as actuais dificuldades.A maior parte da produção de pedra da Serra dos Candeeiros tem como destino a exportação, com o mercado asiático a ser um dos principais consumidores, mas as encomendas têm estado a diminuir, segundo os empresários, devido à crise financeira e económica que grassa a nos mercados mundiais.
Para além da preocupação sobre as exportações, os empresários manifestaram a sua indignação face às dificuldades com que se debatem para acederem a fundos do QREN por causa do regime de Reserva Ecológica, junto ao IC2, onde estão instaladas a maioria das empresas de transformação de pedra. A não autorização de licenciamentos pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) está a levar a que as empresas não se possam candidatar ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Os empresários esperam, contudo, que a sobreposição do Plano Director Municipal (PDM) de Alcobaça aos Planos de ordenamento do PNSAC sobre as pedreiras instaladas a poente do IC2/Nacional 1, os ajude nos licenciamentos que precisam para a ampliação das explorações.O vice-presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Carlos Bonifácio, ouviu os empresários e reconheceu a importância do sector para a economia do concelho, prometendo envidar todos os esforços para ajudar o sector.O vereador adiantou que já fez chegar ao Parque Natural e Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade as propostas dos empresários, esperando, agora, que as pretensões de Alcobaça sejam consideradas «antes que o diploma seja aprovado em Conselho de Ministros» sobre as limitações na abertura de novas pedreiras ou ampliação das que já se encontram em funcionamento.
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