Em 2010/2011 Centro Escolar da Nazaré em funcionamentoClara BernardinoApesar de ter sido aprovada por unanimidade a localização do centro escolar do Valado dos Frades, a reunião ficou marcada por declarações de voto, declarações de protesto e de contra-protesto.Trindade começou por afirmar que as condições financeiras da autarquia não permitem o investimento nos centros escolares: “é preciso assumir primeiro as dívidas aos fornecedores, honrar os compromissos”. Para o vereador, “estas obras não passam de imaginação. É preciso repensar as obras do concelho. Não há capacidade financeira”. O vereador defendeu-se de qualquer má interpretação, afirmando não estar contra o desenvolvimento do concelho, mas contra o endividamento.

Reinaldo Silva veio ao encontro da posição de Trindade afirmando que os centros escolares deveriam ser redimensionados. Deu como exemplo o centro escolar de Famalicão. “Para quê construir um pavilhão gimnodesportivo se o centro escolar vai estar ao lado do pavilhão?” segundo o vereador, todo o executivo deveria ter uma “posição de estado” em relação à não construção dos centros escolares, “pois não se deveriam contrair dívidas para outros pagarem posteriormente”.O presidente respondeu que os projectos dos centros escolares decorrem da imposição de uma carta educativa que foi aprovada pela Câmara. Quanto ao endividamento para a construção dos centros escolares, disse fazer a proposta de forma responsável, já que segundo o estudo de opinião feito pelo PSD pode trazer os projectos e assumir a sua realização nos próximos quatro anos. Também o centro escolar da Nazaré suscitou acesa discussão entre os elementos do executivo a propósito do empréstimo que irá assegurar a sua construção. Os vereadores da oposição manifestaram-se contra porque afirmaram que a garantia bancária do empréstimo pode pôr em causa as remunerações dos funcionários da Câmara, já que é feita com base nas transferências obrigatórias do Estado.A este propósito, Jorge Barroso esclareceu que as remunerações dos funcionários da Câmara não estão em causa e durante os primeiros anos, os centros escolares vão custar à Câmara apenas 70 mil €.É de salientar que este processo possui diversas votações favoráveis em reuniões anteriores, nomeadamente quanto à carta educativa, aos projectos do edifício, concurso para a empreitada, adjudicação e contrato.Este ponto da ordem de trabalhos acabou por ser aprovado com os votos favoráveis de Jorge Barroso, José Joaquim Pires, Mafalda Tavares e António Salvador. A maior parte dos membros do executivo fizeram declarações de voto, protestos e contra-protestos.