Tânia RochaA Câmara Municipal da Nazaré promoveu, no passado sábado, dia 17 de Janeiro, uma sessão de esclarecimento sobre o nemátodo do pinheiro, na Biblioteca Municipal, onde foram transmitidas informações detalhadas sobre a “doença do pinheiro”, nomeadamente quando apareceu, como se propaga e como se controla. O nemátodo do pinheiro apareceu há cerca de dez anos, na zona de Setúbal, e actualmente registam-se focos em várias zonas do país. Por prevenção, todo o território nacional está em área de restrição, porque há o risco de dispersão pela Europa.
O nemátodo propaga-se através de um insecto-vector, denominado longicórnio do pinheiro, que se dispersa na floresta de Abril a Outubro, meses em que o insecto se desloca, através voo, com o nemátodo instalado no seu organismo. É através destes insectos que o nemátodo passa para as árvores e, uma vez instalado no pinheiro, leva-o inevitavelmente à morte, no período de três a quatro meses. Para controlar a praga é necessário remover os pinheiros mortos, preferencialmente de Novembro a Março, eliminar os sobrantes, e também, controlar a população do insecto-vector durante o seu período de voo.Os principais sintomas que as árvores doentes apresentam consistem no amarelecimento e murchidão das agulhas, diminuição da produção de resina, e na existência de ramos secos mais quebradiços, levado à secura total da copa do pinheiro. Depois das árvores serem cortadas devem ser encaminhadas para tratamento em unidades industriais. Estas recomendações, nomeadamente, a remoção das árvores e eliminação dos sobrantes, são da responsabilidade dos proprietários. Luís Bonifácio, da Estação Florestal Nacional, referiu que “este é mais um dos problemas da floresta, com o qual temos de aprender a viver”. Acrescentou que “apesar de ser grave, é possível controlá-lo”, e para esse objectivo salientou que “o bom senso de todos e os cuidados a ter são essenciais para o controlo do nemátodo”. Neste evento participaram membros da Autoridade Florestal Nacional, um representante do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR, um investigador da Estação Florestal Nacional, o presidente da Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré e ainda, uma representante da empresa Valbopan.
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