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O fado em versão Pop sairána Primavera de 2009

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Nuno Gonçalves prepara disco de homenagem a AmáliaEntrevista de Paulo AlexandreA editora discográfica Valentim de Carvalho convidou Nuno Gonçalves, músico da banda The Gift, em Julho deste ano, para fazer um disco de homenagem à fadista Amália Rodrigues. Depois de uma profunda pesquisa aos trabalhos da fadista, Nuno Gonçalves prepara-se para lançar ”Hoje”, um disco […]
O fado em versão Pop sairá<br>na Primavera de 2009

Nuno Gonçalves prepara disco de homenagem a AmáliaEntrevista de Paulo AlexandreA editora discográfica Valentim de Carvalho convidou Nuno Gonçalves, músico da banda The Gift, em Julho deste ano, para fazer um disco de homenagem à fadista Amália Rodrigues. Depois de uma profunda pesquisa aos trabalhos da fadista, Nuno Gonçalves prepara-se para lançar ”Hoje”, um disco pop, de músicas eternizadas por Amália Rodrigues.

Quem é que vai interpretar as canções no disco de homenagem a Amália?Para este disco de homenagem foi criada uma banda de propósito que tem, para já, 3 vocalistas confirmados: a Sónia (Gift); Paulo Praça (Plazza) e Fernando Ribeiro (Moonspell), isto é, vozes de diferentes estilos para que o resultado final seja surpreendente.A participação do vocalista dos Moonspell é a grande surpresa num disco de homenagem à fadista?A aproximação que se vai fazer aos temas da Amália não vai ser nada parecido com o que ele faz nos Moonspell. Vejo o Fernando como alguém que declama poesia e menos como um cantor de Havy Metal. É uma voz grave, que se pode trabalhar para chegar aos objectivos que pretendo alcançar neste Disco. Vai ser um trabalho diferente mas que não irá desvirtuar a base, que é o fado.Quais são os músicos que te acompanham neste projecto?Neste momento estou a fazer o trabalho sozinho. Vai ser gravado por uma orquestra de cordas de Londres. Depois, vou trabalhar com o baterista Mário Barreiros e o guitarrista Israel Pereira, que são, para já, os únicos músicos convidados da banda que idealizei. Eu vou ficar ao piano. Mas caso o projecto vá para palco, teremos de convidar mais músicos.O disco vai chamar-se “Hoje” ou ainda não está certo?“Hoje” é o nome que faz todo o sentido para o disco. Quando as pessoas o ouvirem vão perceber porquê. As músicas que a Amália cantou nos anos 50 e 60 continuam a ouvir-se hoje e interessa-me fazer um disco intemporal para que as gerações daqui a 20 anos possam desfrutar de uma segunda análise da carreira da Amália.Quantas músicas vão ser recuperadas para este trabalho?O projecto “Hoje” vai ter onze músicas. Cada cantor irá interpretar duas canções, estando, ainda, em aberto a possibilidade de duetos e de convidados internacionais para que se cantem algumas músicas em inglês e francês, ou, então, o recurso a uma quarta voz.Que temas é que escolhes-te para o disco? Foram-te sugeridos os clássicos?Não houve pressão editorial para que fossem escolhidas as músicas mais conhecidas da fadista. Claro, vamos ter algumas mas não nos singles óbvios. Fiz uma escolha adaptável àquilo que vai ser a sonoridade deste projecto, que quero que seja intemporal, em 2008, com horizontes alargados e pop. Foi-me pedido que retratasse as músicas da fadista como se fossem minhas. Os mais puristas do fado podem não achar piada.Podes avançar com alguns dos temas que farão parte do disco?Sim, “Nome de Rua”; “Abandono”,” Medo” e a “Gaivota” serão alguns dos temas.Este trabalho terá, seguramente, um grande destaque ao nível da imprensa. Sentes-te pressionado por estares a fazer um disco de tributo à cantora portuguesa mais importante do Século XX? O trabalho irá ter, com certeza, grande destaque na imprensa mas não o estou a fazer sob qualquer pressão, ao contrário do que acontece com os The Gift. Na minha banda já existem públicos e uma carreira que queremos cultivar. O meu objectivo, com o disco de homenagem, é ser igual a mim mesmo. Depois de estar pronto, vão haver os que gostam e os que não gostam mesmo nada, outros que mesmo sem o ouvir vão dizer bem e outros mal. É normal.Estás preparado para as críticas?Não tenho medo. Vou fazer o meu melhor e dar a minha visão criativa para as músicas da Amália. Este disco deverá estar terminado nas primeiras 3 semanas de Janeiro, e poderá sair para o mercado no decorrer do 1º trimestre de 2009.Vai ser apenas um CD ou poderemos vir, também, a ser contemplados com concertos?Neste momento, está pensado apenas para ser um disco. Nem sequer um concerto de apresentação tenho previsto. Mas se o disco correr bem e se formos convidados para um concerto ou outro, talvez tivesse graça ver a reacção do público a um projecto pop, de músicas de fado que foram interpretadas por Amália Rodrigues.Para além da música, também ficas-te responsável pela capa do CD?Deram-me liberdade de escolha da capa do disco. Já estou a trabalhar com vários designers com vista a elaborar uma capa que seja coerente com o que se vai ouvir no CD. Já agora adianto que também poderá surgir um videoclip.“Novo disco dos Gift vai sair no próximo ano”Entretanto, também continuas o teu trabalho nos The Gift, que deverão apresentar um novo disco no próximo ano. O que podemos esperar?Ainda é cedo para falar desse trabalho. Ele vai ser, com certeza, mais simples do que os outros, mas terá de ser muito melhor. Por isso, não vai ser fácil de gravar, até porque as expectativas criadas por nós são bastante elevadas. Vai ser, acho, uma continuidade, pois não vai haver um corte total com o passado, mas vamos inovar, vai ser mais duro, mais adulto, de pessoas na casa dos trinta anos, tal como o público que nos foi acompanhando ao longo da nossa carreira. É um disco que está também a ser preparado para ser apresentado em Espanha, um mercado que nos interessa manter. Acredito que poderá ser o tudo ou nada em termos internacionais. O disco poderá sair, ainda assim, ao longo do próximo ano.Algumas das músicas podem vir a ser cantadas em espanhol?Não. O plano de promoção e marketing é que terá de ser pensado para dois países, o que poderá condicionar datas, lançamento e períodos de gravação.Sentiram alguma frustração por não terem alcançado outros mercados para além do nacional e espanhol?Sim. Há alguma frustração por não estar, neste momento, noutros mercados para além desses dois. Em 2002/03 estivemos nos Estados Unidos, as coisas estiveram quase a acontecer, mas não aconteceram. Felizmente sempre tocámos, e sempre que o fizemos ao vivo a reacção foi sempre boa. O problema é que quando apostamos tudo lá fora, deu-se a grande mudança no mundo discográfico, que passou a criar os seus artistas consoante aquilo que é mais solicitado nas redes sociais ou na internet, através de downloads legais e ilegais. Fomos um bocado prejudicados por isso, mas, mesmo assim, não me posso queixar. Alguma vez sentis-te que a banda corria riscos de acabar?Não. Uma banda, para ser famosa e para ter história, tem de passar por muito antes. Os Gift estão, agora, numa fase de pausa, a pensar no que fazer a seguir, porque têm sido anos muito intensos mas o fim, definitivamente, não faz parte dos planos do grupo. Já estamos habituados a ouvir, cada vez que os Gift param para gravar, que o grupo se desfez e a banda acabou.“Estou apaixonado”O Nuno Gonçalves é, para além de músico, professor. Que tal está a decorrer a experiência?Fui convidado para dar o módulo de estéticas musicais numa escola em Lisboa. Estou a gostar da experiência em que partilho um bocado do meu know how em termos de produção com outras pessoas. Quando vimos que eles estão a aprender, é gratificante.Que músicas é que andas, neste momento, a ouvir?Compro música todos os dias, através das novas tecnologias. Ouço mais agora do que há alguns anos. Estou atento às novidades. O disco que mais me surpreendeu, este ano, foi o dos Coldplay, “Viva La Vida”. Mas há muitos mais como, por exemplo, Antony and the Johnsons, The Crying Light, etc.Como vai isso de amores?Vai bem. Estou apaixonado.Qual foi o país e as cidades que mais gostastes de visitar nestes últimos anos?Uma das últimas experiências foi Moçambique, país que merece a nossa atenção, e pelo qual me apaixonei. Eles falam português sem sotaque. Algo surpreendente num povo que fica noutro continente. Mas se tivesse de escolher uma cidade, escolheria entre três, Madrid , Londres e Los Angeles. Madrid, porque a minha namorada é de lá, onde tenho vivido parte da minha vida no último ano e meio. Londres, por ser uma cidade que diariamente tem as melhores bandas do mundo a tocar. É contagiante! Los Angeles porque ter um clima e uma luz muito idênticos aos de Portugal. Um desejo para 2009?O maior de todos é ter inspiração, coragem e determinação para acabar rapidamente o novo disco dos The Gift. O segundo, que Portugal vá ao Mundial de 2010.Acreditas, portanto, no Carlos Queirós?Acredito em Portugal e que a sorte pode dar a volta. E acredito no Carlos Queirós mas é um homem com azar.

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