GNR, ASAE e SEF em operação na zona OesteCarlos BarrosoDezoito inspectores da ASAE encerraram temporariamente quatro bares de diversão nocturna, de um universo de 18 que visitaram durante uma operação realizada na madrugada do passado dia 17, e onde estiveram ainda empenhados 124 meios da GNR dos destacamentos de Leiria e Caldas da Rainha, assim como quatro elementos da Alfândega de Peniche.A operação desenvolveu-se nos concelhos de Alcobaça, Bombarral, Pombal, Batalha e Porto de Mós, onde foram fiscalizados 18 estabelecimentos, tendo sido levantado dois autos por crimes, 11 autos de contra ordenação, foram detectadas 28 infracções e quatro tiveram de suspender a sua actividade até regularizar a sua actividade. Nos estabelecimentos foram ainda passadas 13 notificações e foi apreendido um bilhar e material diverso de CD’s de música e aparelho de captação de sinal de televisão e de reprodução de filmes.

Margarida Basto, inspectora directora da direcção do centro da ASAE, explicou que a suspensão da actividade de quatro estabelecimentos de diversão nocturna, “foi motivada pela falta de condições tecno-funcionais e falta asseio e higiene. Em alguns casos deles, consideráveis graves com a presença de roedores e algumas manifestações destes. Isso são motivos suficientemente graves e que põem em causa a saúde pública dos consumidores e frequentadores dos estabelecimentos”.A responsável declarou ainda que foram apreendidos alguns CD’s, “vulgarmente chamados piratas porque são cópias ilegítimas”.Por último Margarida Basto chamou a atenção de que os proprietários dos espaços com suspensão da actividade “terão agora de fazer melhorias nos bares” e pedirem uma vistoria às autoridades para voltarem a reabrirem.Nesta operação foram ainda incluindo alguns elementos do SEF, que o tenente Hugo Carneiro, comandante do destacamento da GNR das Caldas da Rainha revelou que identificaram cerca de quatro dezenas de estrangeiros, quer dentro, quer fora dos estabelecimentos, mas nenhum se encontrava em situação irregular.“Foi nossa preocupação detectar se havia alguns imigrantes em situação ilegal, quer nos estabelecimentos, quer nas imediações”, disse Hugo Carneiro.No entanto duas mulheres de um estabelecimento foram levadas ao posto porque não tinham documentação na altura da fiscalização, mas pouco tempo depois regressaram, já com o assunto resolvido.Foi também encaminhado um cliente de um dos bares que era procurado pela GNR, uma vez que tinha diverso expediente pendente, nomeadamente notificações emitidas pelo TribunalNo âmbito da fiscalização rodoviária, foram controlados 516 condutores, dos quais, dois foram detidos na zona das Caldas da Rainha por terem uma TAS superior a 1,2 gr/l. Foram igualmente detidos dois condutores que não tinham habilitação legal, um por injúrias à guarda, um por ter na sua posse arma ilegal e um por ter cerca de 1,4 gramas de haxixe.Foram ainda apreendidas duas armas brancas, no caso duas catanas com cerca de 23 centímetros de lâmina.Ainda na fiscalização rodoviária foram passados cenas de 24 autos de contra ordenação leves, 4 muito graves e três pela legislação fiscal.Os meios envolvidos pela alfândega levantaram quatro autos de legislação fiscal, apreenderam cinco litros de aguardente e seis garrafas de bebidas espirituosas.Comandante do Grupo Territorial de Leiria, tenente-coronel Alberto Pinheiro declarou que as preocupações da guarda ao nível das questões da segurança levaram a esta acção.“Foi verificado que é necessário orientar o esforço para alguns objectivos”, nomeadamente nos estabelecimentos “onde é preciso a presença da GNR”, declarou Alberto Pinheiro.Os resultados da acção “são um estímulo e um bom indicador para continuarmos a fazer a nossa acção”, disse o tenente-coronel.Sobre os resultados dos estabelecimentos encerrados, o comandante do grupo territorial lembra que “era importante uma fiscalização e por isso foi realizada para repor determinado nível de organização, gestão e segurança no espaço. Em algumas delas, tiveram como resultado o encerramento, porque resultou da verificação de determinadas condições que levaram a essa decisão”.Para o comandante dos militares as situações mais críticas foram as armas brancas, “duas catanas que estavam na posse de uma pessoa que não as poderia ter” assim como a detenção de indivíduo que “injuriou e agrediu a autoridade” numa fiscalização de trânsito.