Num período quinzenal em que os principais índices accionistas internacionais encetaram um movimento de recuperação relevante face às perdas ainda muito acentuadas incorridas desde o início de 2008, este rebound dos mercados, para além da sua natureza técnica, foi suportado por um conjunto de políticas anunciadas pelas autoridades Governamentais norte-americanas que visam estimular o crescimento económico na região. Entre as medidas anunciadas, realce para a criação de um novo plano de auxílio ao sector financeiro no valor global de USD 800 mil mn, sendo que USD 200 mil mn são destinados a fomentar o micro-crédito e os remanescentes USD 600 mil mn visam a aquisição de dívida emitida ou garantida por empresas de financiamento imobiliário patrocinadas pelo Estado, casos da Fannie Mae e Freddie Mac. Ainda nos EUA e numa fase posterior, o recém eleito presidente dos EUA – Barack Obama – que tomará posse em meados de Janeiro do próximo ano revelou um extenso plano de estímulos económicos (criação de emprego e infra-estruturas) que contemplará o maior grau de investimento público realizado nos últimos 50 anos naquele país.
Na Europa, o principal destaque recaíu sobre a decisão de redução em 75 pontos base na taxa de juro de referência na Zona Euro, dos anteriores 3,25% para 2,5% , um movimento que foi igualmente acompanhado por diversos bancos centrais europeus, entre os quais o Banco de Inglaterra que anunciou uma redução de 100 pontos base (3% para 2% ). Adicionalmente, a forte queda do preço do crude – que tem exibido uma forte correlação directa sobre o Cãmbio Euro-USD – acabou por fixar novos mínimos relativos em torno do nível USD 40 por barril, sendo que esta congregação de factores acabou por conferir adicional suporte ao movimento de recuperação generalizados dos índices accionistas internacionais.Em Portugal, o destaque pela positiva recaíu sobre o BCP que, com algum volume transaccionado, registou um movimento de recuperação técnico face às perdas que havia sofrido nos últimos meses. Contrariando esta situação, realce para o sentimento negativo que assolou a Galp nas últimas sessões, um comportamento depressivo em linha com os peers europeus e que teve origem na já referida drástica correcção do preço do crude (quase 20% ) materializado somente neste período quinzenal.ResearchBanco BiG
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