Acentuam-se os receiosNum período quinzenal que ficou marcado por níveis de volatilidade elevados e perdas bastante significativas – aproximadamente 15% – este movimento fica a dever-se à expectativa dos investidores em torno de uma progressiva deterioração macro-económica, tendo o principal índice norte-americano (S&P500) atingido valores observados pela última vez em 1997. Na base deste sentimento negativo, esteve o anúncio de indicadores macroeconómicos desfavoráveis, nomeadamente a confirmação do cenário de recessão em blocos distintos como a Zona Euro, Alemanha e Japão, tal como o anúncio de responsáveis norte-americanos de que o conhecido plano de auxílio ao sector financeiro será igualmente destinado a estimular o crédito ao consumo e não apenas à compra de activos tóxicos presente nos balanços das instituições financeiras, um fenómeno que acabou por criar pressão adicional sobre o sector financeiro.
Adicionalmente, acentuaram-se os receios de que a actual crise financeira deverá alastrar-se gradualmente aos restantes sectores de actividade, sendo que neste particular o segmento automóvel esteve no centro das atenções, nomeadamente os problemas de liquidez que colocam em risco efectivo o futuro desta indústria nos EUA – GM, Ford e Chrysler – que acabam por ter um peso relativo bastante significativo na globalidade do mercado de trabalho norte-americano. Refira-se ainda que os últimos números trimestrais divulgados pelo segmento tecnológico nos EUA espelharam sinais de evidente fragilidade, o que contribuiu para penalizar ainda mais o respectivo sentimento. Uma nota final para a evolução do preço do crude que voltou a registar fortes correcções, tendo chegado inclusive a cotar abaixo dos USD 50 por barril, um movimento explicado pela expectativa de retracção do consumo de bens combustíveis em função do acelerar da actual crise financeira e económica.ResearchBanco BiG
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