Após grande debate no executivoClara BernardinoO cemitério da Nazaré, situado na Pederneira, é um dos maiores da região. No seu interior, existem apenas covatos e jazigos. Não existem “ossários”, pelo que a pequena “cidade” se vai estendendo ao longo do Caminho Real. Muitas das famílias nazarenas possuem pelo menos um covato, pelo que a reutilização do espaço por outra família se torna praticamente impossível.Durante a última reunião de Câmara a ampliação do cemitério e a construção de mais um foram assuntos amplamente discutidos.

Na última reunião de Câmara e a propósito da discussão sobre o perfil do Caminho Real, o vereador Vítor Esgaio (PS) apresentou uma proposta de ampliação do cemitério para sul, que pressupunha a aquisição da totalidade de um terreno a um privado, para o qual já existia um pedido de construção. Ao que tudo indica, a Câmara já tinha dado indicações a esse proprietário através da apreciação do pedido que este tinha apresentado sobre as condições em que poderia aceitar uma solução para a construção naquele local e esta já previa uma cedência de terreno de perto de 1200 m2 (para equipamento e ampliação do cemitério). Por este motivo e tendo em conta que as ampliações ao cemitério foram sempre feitas à custa de cedências de terreno por parte da mesma família, o presidente da Câmara fez uma contraproposta no sentido de se estudar a capacidade do cemitério actual, incluindo a referida ampliação de 1200 m2.Durante a discussão deste ponto, as opiniões dividiram-se mais uma vez: enquanto uns defendiam a simples ampliação de um cemitério, os outros defendiam a ampliação do actual e a construção de mais um cemitério, em outro local da vila, à semelhança do que acontece com outras cidades da região.A possibilidade de ampliação do cemitério, segundo Jorge Barroso e António Salvador, poderá ser feita a nascente do Caminho Real. Esta posição provocou uma acesa troca de palavras entre Reinaldo Silva e Jorge barroso, queixando-se o ex-número dois da bancada da laranja de uma alegada “perseguição” e de “prejuízos para um familiar”. É de notar que o ex-vice-presidente da Câmara admitiu ter relações familiares com um dos proprietários de terrenos ao longo do Caminho Real e para além de ter participado e discutido todos os assuntos com este relacionados, votou apesar de ter sido advertido pelo presidente da Câmara.Entre as possíveis localizações para um segundo cemitério, foi sugerido o Sítio pelo vereador Pires, pois no âmbito da antiga comissão para a criação da Junta do Sítio, uma grande parte da população tinha manifestado essa vontade.A proposta do presidente foi aprovada com quatro votos a favor e este assunto será de novo debatido numa próxima reunião de Câmara, já com base na informação fornecida pelos serviços.Arranjo de campa provoca discussão entre irmãosDois irmãos desentenderam-se em plena praça pública devido ao arranjo da campa da mãe. A insólita discussão deu-se na última quinzena do mês de Setembro e teve como consequência uma agressão física a um terceiro familiar. Na origem da discussão terá estado o facto da Sr.ª E.S. ter ido arranjar a campa da mãe e o seu irmão não ter gostado, dado que o covato é da sua pertença. Entre palavras acesas, o irmão terá puxado por uma “recoveira” e terá agredido o cunhado, provocando-lhe vários ferimentos.Indignado por terem mexido na campa da mãe, sem o seu consentimento, o alegado agressor ter-se-á encaminhado para o cemitério, onde, segundo testemunhas oculares, terá deitado fora as flores colocadas anteriormente pela sua irmã.